sábado, 31 de outubro de 2009

DOMINGO DE SOL



Meu amigo e ex-aluno LIKE, de Santa Maria, me surpreendeu comprando singelas cocadas de sobremesa para o almoço no Bar do Chico, em Canasvieiras.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

UM E-MAIL QUE ME EMOCIONOU !


FOTO : radialista José Maria Pizarro, respeitado profissional da radiofonia curitibana
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From: José Maria Pizarro
Sent: Monday, October 26, 2009 11:29 AM
To: jamespizarro@hotmail.com
Subject: HOMENAGEM E RESPEITO!!!


"Eu também sou Pizarro. Como James.
Não conheço James. Pessoalmente.
Só pela internet.
Para mim, James é o professor.
Professor que tem em seu currículo o jornalismo.
A linguagem correta. Acessível.
O lado fraternal para todos os momentos.
Um mágico!
Mágico de nobre ideal. De alma pura. E boa.
É um Pizarro extraordinário.
Quando completa 67 anos, minha idade, desejo que:
"James, divida sempre, com os familiares,
amigos e internautas,
sua vitalidade física e espiritual!"
A homenagem dos Pizarro de Curitiba.
Homenagem, admiração. E respeito.
Parabéns, James ! "

*josé-maria pizarro,
deutsch pizarro,
raul vinícius pizarro,
emmanuel pizarro

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

FRANKLIN CASCAES



Em suas andanças pelo litoral de Santa Catarina, Franklin Cascaes registrava tudo o que via e ouvia em relação às manifestações culturais. Desenhos, textos e gravações sobre as Festas do divino, boi-de-mamão, tradições diversas, lendas e crenças locais, além de trechos autobiográficos fazem parte de um rico acervo que inspirou um documentário sobre a vida e a obra do artista e folclorista, o vídeo “Franklin Cascaes”.

Com 30 minutos, o documentário foi produzido pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) em homenagem ao centenário de nascimento do pesquisador catarinense, comemorado em 2008. Elaborado por Edina de Marco, José Rafael Mamigonian e Norberto Depizzolatti, o vídeo traz depoimentos de pessoas que conviveram com o artista, e imagens de suas obras que fazem parte do acervo do Museu Universitário da UFSC. No documentário é possível conhecer a voz, a história, as pesquisas e as idéias de Franklin Cascaes.

O artista

O filme inicia com cenas do escritor e folclorista, que conta ele mesmo sua história e descreve seu método de trabalho, fazendo uma auto-apresentação. “O meu nome é Franklin Joaquim Cascaes. Nasci no dia 16 de outubro de 1908, em Itaguaçu. Meu pai é Joaquim Serafim Cascaes. Minha mãe, Maria Catarina Cascaes, Minha família é de origem portuguesa com parte de açorianos, meus avós e pais trabalhavam um pouco na roça, um pouco na pesca”.

O DVD registra depoimentos de pesquisadores que conviveram com Cascaes, entre eles, Silvio Coelho dos Santos (falecido em novembro de 2008), Henrique Pereira Oliveira e Raimundo Caruso. Traz entrevistas com Anamaria Beck e Gelci José Coelho, o Peninha – que ocuparam a direção do Museu Universitário da UFSC, onde estão arquivados 1.179 desenhos, 1.707 esculturas, diversos manuscritos e dezenas de horas de gravações feitas pelo artista.

O documentário “Franklin Cascaes” é o segundo volume da série Alma de Artista, projeto da FCFFC que tem como objetivo criar produtos em suporte audiovisual, abrangendo biografia, obra e estética de um artista catarinense. O material está disponível na Casa da Memória para distribuição gratuita a instituições educacionais ou culturais interessadas. O primeiro DVD da série Alma de Artista foi “Martinho de Haro – A Cidade Reinventada”, lançado em 2007, abordando a arte e a trajetória de um dos maiores nomes da pintura no Brasil, retratada a partir de pesquisas junto a críticos, historiadores, curadores e artistas catarinenses.

Sobre os autores

Edina de Marco é graduada em Artes Plásticas e mestre em Educação e Cultura. Artista visual e professora de artes, coordenou, de 2003 a 2007, as ações educativas e culturais do Museu Histórico de Santa Catarina, onde, dentre outros projetos, concebeu e coordenou o projeto “Escolas no Museu”. Também atua como produtora cultural e curadora independente.

José Rafael Mamigonian é graduado em Cinema pela ECA-USP. Colaborou em diversas produções independentes como fotógrafo, montador, operador de câmera. Produziu e dirigiu o documentário em longa-metragem “Seo Chico, um retrato”.

Norberto Verani Depizzolatti é graduado em Engenharia Civil e Jornalismo pela UFSC. Co-dirigiu com José Henrique Nunes Pires o curta-metragem “Manhã” e o documentário “Farra do Boi”. Atualmente é o conservador responsável pelo Banco de Imagens e da Fonoteca da Casa da Memória da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC).

Ficha técnica

Filme: Franklin Cascaes
Ano de produção: 2008
Duração: 30 minutos
Gênero: documentário
(As entrevistas com Franklin Cascaes foram realizadas e cedidas por Gelci José Coelho e Raimundo Caruso)
Realização: Edina De Marco, José Rafael Mamigonian e Norberto Depizzolatti
Depoimentos: Anamaria Beck, Gelci José Coelho, Henrique Pereira Oliveira,
Raimundo Caruso e Sílvio Coelho dos Santos
Entrevistas: Edina De Marco e Norberto Verani Depizzolatti
Filmagem e edição: José Rafael Mamigonian
Acervo iconográfico: Museu Universitário Prof. Oswaldo Rodrigues Cabral / UFSC - Casa da Memória / FCFFC - Cinemateca de Curitiba-CPDOC / FGV-RJ - Fundação Hassis - Sérgio Vignes
Apoio cultural: Cinemateca Catarinense e Fundo Municipal de Cinema
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FONTE : http://www.pmf.sc.gov.br/portal/noticias/comunicacao/index.php

CRUZ E SOUZA - poeta de Florianópolis



Nasce no Desterro, hoje Florianópolis, no dia 24 de novembro de 1861. Educado por dona Clarinda Fagundes de Sousa e seu marido, coronel, mais tarde marechal-de-campo, Guilherme Xavier de Sousa. Passou a viver, como filho de criação, no solar do casal. Filho de Guilherme, mestre pedreiro, escravo do marechal, que o herdou dos pais, e de Carolina Eva da Conceição, lavadeira, escrava liberta por ocasião de seu casamento, ambos negros puros, tendo recebido o nome do santo do dia, o grande místico. São João da Cruz e Souza, como sobrenome, o nome da família do senhor de seu pai, como era freqüente fazer. Batizado em 24 de março de 1862.


Em julho de 1874, começa a lecionar no Ateneu o eminente naturalista alemão Fritz Müller (1822-1897), amigo e colaborador de Darwin e Haeckel.
No fim do anode 1875, Cruz e Sousa deixa o Ateneu, que cursou durante cinco anos, estudando francês com João José de Rosas Ribeiro, pai do seu grande amigo Oscar Rosas; latim, inglês e grego com o orientalista padre Leite de Almeida, reitor do Instituto; Matemática e Ciências Naturais com Fritz Müller; inglês com Anfilóquio Nunes Pires. "Distinguiu-se acima de todos os seus condiscípulos" (Virgilio Várzea).
881 - Funda em 1881, com Virgílio Várzea e Santos Lostada, o jornalzinho literário semanal Colombo. Primeira viagem de Cruz e Sousa, percorrendo todo o Brasil, de Norte a Sul, que durou dois anos, acompanhando a Companhia Dramática Julieta dos Santos, como ponto. Adesão à chamada Escola Nova, na realidade o Parnasianismo. Leituras de Baudelaire, Leconte de Lisle, Leopardi, Guerra Junqueiro, Antero de Quental, entre outros.
Começa a redigir em 1882, a Tribuna Popular. Participa da "Guerrilha Catarinense", violenta polêmica literária pró e contra o Realismo.
Publica o folheto Julieta dos Santos, escrito em colaboração com Virgílio Várzea e Santos Lostada. Aparece Tropos e Fantasias, em colaboração com Virgílio Várzea. Assume a direção do jornal ilustrado O Moleque, título dado em desafio ao preconceito de cor.

Em 1890 sua ida definitiva para o Rio de Janeiro, provavelmente em novembro. Colabora na revista Ilustrada, de Ângelo Agostini. Oscar Rosas lança o movimento Norte-Sul, pela literatura sulina. Colaboração no Novidades, de que era secretário Oscar Rosas, em 27 de dezembro. Primeiro emprego no Rio de Janeiro, proporcionado por Emiliano Perneta.

1891 - Falecimento em agosto, no Desterro, de sua mãe Carolina. Artigos-manifestos do Simbolismo na Folha Popular, do qual era secretário Emiliano Perneta. Colaborava também em O Tempo. Residia na rua do Lavradio, nº 17. Vê Gavita Rosa Gonçalves, também negra, pela primeira vez, em 18 de setembro. Em 1893 publica, antes de 28 de fevereiro, Missal e, em 28 de agosto, Broquéis. Casa-se, em 9 de novembro, com Gavita, em plena Revolta da Armada. Nomeado praticante de arquivista da Central do Brasil, em dezembro.

Em 1897 - Pronto para o prelo, Evocações, que sairá postumamente. Residia na casa nº 48 da Rua Teixeira Pinto (hoje Cruz e Sousa, 172), no Encantado. Em 24 de julho, nasce o terceiro filho, Rinaldo.

Em 1885, com Virgílio Várzea, publicou o livro “tropos e fantasias”. Em 1887, foi tentar a vida no Rio de Janeiro, mas pouco depois voltou, sem sucesso. Nova tentativa em 1889. Conseguiu emprego e passou a colaborar em jornais e revistas, fazendo-se o grande líder e a maior expressão do movimento Simbolista. Lançou, em 1893, os livros “Missal e Broquéis”; nesse mesmo ano casou com Gavita e foi nomeado arquivista na Central do Brasil.

Atingido pela tuberculose, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais, mas lá faleceu, em 19 de março de 1898. O corpo foi despachado para o Rio de Janeiro num vagão de trem para transporte de gado e enterrado no cemitério de São Francisco Xavier. Ainda em 1898, após sua morte, foi publicado o livro “Evocações”. Em 1900, saiu a coletânea “Faróis”. Gavita morreu em 1901, também de tuberculose, mal do qual acabaram morrendo três filhos do casal. Em 1905, foi editado em Paris o livro “Últimos Sonetos”.

No dia 26 de novembro de 2007 seus restos mortais foram trasladados para Florianópolis. onde permanecem depositados numa urna exposta à visitação no Museu Histórico de Santa Catarina. Nos jardins do palácio que leva o nome do poeta será construído um memorial em sua homenagem.

Obras
1885 - Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea).
1893 - Missal (prosa poética) e Broquéis (poemas)
1897 - Conclusão de Evocações (prosa poética)
1898 - Publicação póstuma de Evocações, graças ao concurso de Saturnino de Meireles
1900 - Faróis (poemas), coletânea organizada por seu amigo Nestor Vítor
1905 - Últimos Sonetos, publicado em Paris, por seu amigo Nestor Vítor
1923 - Primeira edição de suas Obras Completas por ocasião do 25ª aniversário de sua morte, livro organizado por Nestor Vítor
1945 - Obra poética, publicação do Instituto Nacional do Livro, livro organizado por Andrade Muricy, a partir do arquivo de Nestor Vítor
1961 - Obras Completas, reunindo esparsos e inéditos, livro organizado por Andrade Muricy, em comemoração ao centenário de nascimento do poeta.
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FONTE : Museu Histórico de Santa Catarina

domingo, 18 de outubro de 2009

IAPONAN SOARES


A leitura da obra de IAPONAN SOARES, nascido em 25 de novembro de 1936 no Rio Grande do Norte, é obrigatória para quem - como eu - quer se aprofundar no estudo da cultura de Santa Catarina, mais especialmente de Florianópolis. Tanto quanto ocorreu com Iaponan Soares, me apaixonei perdidamente por esta ilha da magia de Florianópolis.

Formado em Pedagogia, historiador e com pós-graduação em organização e administração de arquivos, seu trabalho foi merecidamente reconhecido pelo povo catarinense, pois integra inúmeras entidades culturais de SC inclusive a Academia Catarinense de Letras, onde ocupa a cadeira 36.

Algumas de suas publicações :

* Ernani Rosas, 1968;
* Marcelino Antônio Dutra, 1970;
* Panorama do Conto Catarinense, 1971, 2ª ed. 1974;
* A Poesia de Oscar Rosas;
* Três Narrativas da Insônia, 1977;
* Arquivos & Documentos em Santa Catarina (Org.), 1985;
* Vamos conhecer Biguaçu, 1985;
* Poesias de Ernani Rosas (Org.), 1989;
* Índice Analítico da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, 1988;
* Santo Antônio de Lisboa, 1990;
* Estreito – Vida e Memória, 1991;
* Guido Wilmar Sassi – Literatura e Cidadania (Org.), 1992;
* Holdemar Menezes – Literatura e Resistência (Org.), 1992;
* Sob a Pele no Sono, 1993;
* Cruz e Sousa: No Centenário de Broquéis e Missal (Org.), 1994;
* Ao Redor de Cruz e Sousa, 1998;
* Virgílio Várzea e outros - Vida literária em Santa Catarina no final do século XIX e início do século XX, 2003.

Jeferson Lima, em "A NOTÍCIA" (anexo), de Joinville,publica longo artigo sobre Iaponan Soares, de onde pincei este trecho :

"Na preciosa biblioteca de Iaponan Soares, em sua casa no Estreito, há 30 mil livros, 8 mil deles de literatura catarinense. Certamente, é a biblioteca mais completa de literatura barriga-verde. O escritor chega a ficar preocupado com a divulgação do fato, que poderá atrair a visita de pesquisadores pouco sérios, a quem teme fazer empréstimos sem obter o retorno dos livros. Sua biblioteca foi recentemente organizada e avaliada em R$ 200 mil. Mas se alguém oferecer esse valor, será convencido a desistir do negócio. Na verdade, ele não deseja se desfazer do acervo.

Na biblioteca existem também inúmeros livros sobre o poeta simbolista catarinense Cruz e Sousa, pelo qual o pesquisador guarda uma paixão especial. Sua última publicação é o livro "Cruz e Sousa ­ Dispersos", uma coletânea de poesia e prosa, escrito em parceria com Zilma Gesser Nunes. A publicação ajuda a compreender a formação do autor catarinense no meio cultural acanhado da Desterro do século passado, com resgate de seus textos publicados em jornais da época. (JL)"

OBS - Os leitores deste blog poderão me auxiliar encaminhando comentário nesta postagem ou mandando notícia para meu endereço eletrônico dando conta de onde posso adquirir ou fazer xerocópia dos livros de Iaponan Soares. Quem possuir exemplares e deles queira fazer uma doação com enorme alegria e gratidão me candidato a receber. Meu e-mail :
jamespizarro@hotmail.com

segunda-feira, 12 de outubro de 2009





Tainha recheada e espetacularmente temperada preparada pelo casal de amigos Nilson e Diuris, gaúchos que também moram em Florianópolis e que são nossos companheiros de almoço dominical no "Bar do Chico", o mais tradicional das areias de Canasvieiras.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ODE DE AMOR A FLORIANÓPOLIS - James Pizarro


Bendita seja a trilha dos Naufragados,
Bendito seja o Bar do Arantes, seus bilhetinhos, sua culinária e energia,
Bendita seja a Costa da Lagoa e o por do sol visto do restaurante do Jaja,
Bendita a Barra da Lagoa na prainha,
Bendito TAMAR na Barra da Lagoa,
Bendita praia do Matadeiro e o ecológico bar do Marcão,
Bendito Spinoza no mercado, à tardinha, para ver os manezinhos pós-expediente e fazer novos amigos,
Benditas e afrodisíascas ostras da Toca do Paru,
Bendito cosmopolitismo do Padeiro de Sevilha, depois de subir o rampão, onde se pode ler jornais/conversar/comer,
Bendito Saico, em Jurerê Internacional e o Café Paris do Kobrasol,
Bendita Praia das Bruxas e Coqueiros,
Bendito samba de raíz do falecido Bar do Tião,
Bendita Pousada Além-Mar no meio da Mata Atlântica,
Benditas praias Daniela e do Forte,
Bendito cineminha em qualquer sala Cinemark do Shopping Floripa,
Bendito seja o passeio no Ribeirão da Ilha,
Bendito centrão e a figueira da praça XV e o calçadão ao entardecer,
Bendita feirinha dominical na Lagoa e seus produtos naturebas,
Bendita UFSC e as universidades particulares, onde se pode conhecer gente de todo o Brasil e do mundo inteiro,
Bendito fato de poder subir a serra, ir a Lages e curtir a neve e o povão hospitaleiro,
Benditas massagens, sauna e águas termais públicas de Santo Amaro da Imperatriz,
Bendita e linda Guarda e seu mirante na última pousada,
Bendita praia do Rosa para ver as baleias,
Bendita praia Brava e sua angelitude fora da temporada,
Bendita trilha da Galheta,
Bendita ciclovia na avenida Beira-mar e as lindas gurias de byke,
Benditas exposições e cafezinho no Angeloni,
Bendita lojinha do presídio com suas redes artesanais feitas de madeira,
Bendita Casa Ecológica da UFSC,
Bendito shopinzinho da Trindade e o bar da praça à tardinha,
Bendito o Kobrasol e o divino camarão à milanesa do Bocas,
Bendito seja o Morro das Pedras e o botequinho à beiramar,
Bendito "El Mexicano" para dançar e "John Bull" e seus shows maravilhosos,
Bendito casario e casa de artesanato ao lago da igreja em Santo Antônio de Lisboa, assim como todos os artistas de Floripa e o imperdível café,
Bendita beleza do Sambaqui,
Bendita quietude da Cachoeira do Bom Jesus,
Bendita peixaria do Negrão, nos Ingleses,
Bendita abundância de comida no restaurante Terezas, em Canasvieiras,
Bendita beleza das imensas rochas na Armação,
Benditas dunas gigantes da Joaquina,
Bendito povo nativo que me acolheu com carinho,
Bendito seja Deus que me permitiu morar aqui, a dez metros do mar, nesta bela e Santa Catarina.
Amém.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

REAJAM CONTRA ESTE GENOCÍCIO, CATARINENSES !!!


Exmo. Senhor Deputado Acélio Casagrande
Exma. Senhora Deputada Angela Amin
Exmo. Senhor Deputado Celso Maldaner
Exmo. Senhor Deputado Décio Lima
Exmo. Senhor Deputado Edinho Bez
Exmo. Senhor Deputado Fernando Coruja
Exmo. Senhor Deputado Gervásio Silva
Exmo. Senhor Deputado João Matos
Exmo. Senhor Deputado João Pizzolatti
Exmo. Senhor Deputado Jorge Boeira
Exmo. Senhor Deputado José Carlos Vieira
Exmo. Senhor Deputado Nelson Goetten
Exmo. Senhor Deputado Paulo Bornhausen
Exmo. Senhor Deputado Valdir Colatto
Exmo. Senhor Deputado Vignatti
Exmo. Senhor Deputado Zonta

Tramita atualmente na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4.548/98, cuja aprovação representaria um enorme retrocesso legislativo. De autoria do ex-deputado José Thomaz Nonô, esse PL pretende retirar a expressão “domésticos e domesticados” da Lei 9.605/98.

A 9.605/98, também conhecida como Lei de Crimes Ambientais, representa um marco na história do Direito Ambiental brasileiro. Em seu artigo 32 está prevista a tipificação do crime de maus-tratos contra os animais.

“Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção de três meses a um ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.”

O PL 4.548/98 viria a descriminalizar atos de abuso contra os animais domésticos, o que é claramente inconstitucional. Segundo o artigo 225 da nossa Carta Magna, são expressamente vedadas as práticas que submetam os animais à crueldade, independentemente da espécie.

A aprovação do PL 4.548/98, além de explícita afronta ao texto constitucional, representaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, e um passo contrário à crescente tendência mundial de valorização do bem-estar animal.

A descriminalização dos muitos atos de crueldade contra os animais domésticos, que se repetem diariamente no Brasil, significaria institucionalizar a impunidade e promover uma cultura de violência em nossa sociedade.

Desta forma, venho solicitar à Vossa Excelência que se posicione e vote CONTRA o PL 4.548/98, que encontra-se pronto para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, embora não haja previsão para a matéria ser pautada.

Contando com vossa ajuda contra qualquer alteração na Lei de Crimes Ambientais que venha a prejudicar os animais, agradeço-lhe antecipadamente.

Cordialmente,

James Pizarro
Praia de Canasvieiras
Florianópolis, SC
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OBS.- Encaminhei esta correspondência para todos os deputados federais eleitos por Santa Catarina. E publico aqui na esperança de que muitos possam fazer o mesmo.

sábado, 3 de outubro de 2009

MERCEDES SOSA - James Pizarro



Escrevo no sábado.
3 de setembro de 2009.
São 19:38horas.
Mercedes Sosa acaba de receber a unção dos enfermos.
Sua voz desaparece.
Sua energia se volatiliza.
Sua vida está escorrendo.
Escoando como o som duma flauta.
Sua hora está chegando.
Sua ausência será sentida no verde da Amazônia.
E nas minas abandonadas de cobre do Chile.
E na solidão dos campos uruguaios.
No pampa argentino a erva secará.
E o gelo dos Andes escorrerá em lágrimas de dilúvio.
E os índios bolivianos ficarão mudos.
E a Colômbia petrificará.
E os músicos e compositores perderão sua maior irmã.
E as almas incas voarão sobre os céus do Peru.
E as rádios fechadas da Venezuela não tocarão suas músicas.
E os CDs piratas do Paraguai se multiplicarão aos milhões.
A América Latina perderá sua "negra".
Ficará órfã, ela já tão pobre de homens verdadeiros.
Chegou o tempo de Mercedes.
Os anos chegaram para Mercedes - como ela mesma cantou.
Pablo Milanez ficará inconsolável.
A Morte - esta puta desgraçada - triunfará.
E todos nós, latinoamericanos, que já éramos tão sozinhos,
ficaremos mais sozinhos ainda.
Para sempre.