Em 2007, a Secretaria Municipal de Turismo de Santa Maria –
leia-se Paulinho Ceccin – pensou em construir um monumento em homenagem à N. S.
Medianeira, padroeira do Rio Grande do Sul (muita gente pensa que é São Pedro).
O monumento seria construído no Morro do Cechella e teria todos os equipamentos
modernos em seu entorno, como vias de acesso, capela, lancherias, mirantes,
museu para contar a história da santa, restaurantes, vendas de lembranças e
postais, policiamento.
Seria uma obra gigantesca que atrairia milhares de turistas
brasileiros e estrangeiros, pois seria o maior monumento brasileiro do gênero,
planejada por artistas e técnicos santa-marienses, sob a direção do J.
Amoretti. A prefeitura municipal não gastaria nada, pois todo dinheiro viria de
doações, captação de recursos particulares e verbas do Ministério do Turismo.
Na edição de 28/29 de julho de 2007 (sábado/domingo) de A Razão,
publiquei e assinei matéria de página inteira sob o título “Até a Medianeira é
repudiada aqui !? “. Fi-lo porque tão logo foi lançada a ideia pela construção
do monumento setores obscurantistas iniciaram feroz campanha contra a
iniciativa do então secretário Paulinho Ceccin. Essas pessoas nem se deram
conta da vocação que Santa Maria tem para o turismo religioso. E ficaram contra
a ideia mas não fizeram proposta alternativa em seu lugar.
Nunca falei sobre isso com o Paulinho Ceccin. Nem com dom Hélio.
Nem com ninguém. E ninguém me pediu para escrever a favor à época porque nunca
aceitei escrever coisas por encomenda. Nem tão pouco apoiei a iniciativa por
ser católico apostólico romano, praticante e convicto. Quisessem os umbandistas
construir monumento semelhante em homenagem à Iemanjá, estaria eu a favor.
Quisessem os meus amigos espíritas homenagear Allan Kardec com um monumento de
igual tamanho, contariam com meu apoio. Sou de profunda formação ecumênica. E
sempre fui A FAVOR DO DESENVOLVIMENTO E DO TURISMO DA MINHA CIDADE NATAL !!!
Tivesse o projeto sido aprovado e construído teríamos hoje no
morro do Cechella o maior monumento religioso do Brasil iluminando a noite
santa-mariense: a santinha em sua posição original, de braços abertos,
feericamente iluminada, maternal e generosamente acolhendo em seu seio todos os
santa-marienses e gaúchos. Além do turismo rendendo divisas para nosso
município.
Que Nossa Senhora Medianeira ilumine a cabeça burra dos muitos
que teimam em lutar contra o progresso de nossa querida cidade natal.
Oremos, pois, nessa nova edição da romaria que as luzes divinas
iluminem os neurônios cerebrais das nossas autoridades e de todos aqueles que –
independentes de partido político ou credo religioso – possuam poder e amem
nossa Santa Maria.
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