sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

ABDO MOTHECY, SAUDOSO VEREADOR EMÉRITO DE SANTA MARIA - JAMES PIZARRO (23.01.2021 - DIÁRIO, Seção MEMÓRIA, CadernoMIX)

Convivi com o amigo Abdo Achutti Mothecy por mais de meio século. Convivi com os familiares todos. Fui ao aniversário e casamento dos filhos (Clarice, Judith, Cleonice, Paulo Roberto). Os netos conheci quando pequeninos (Ângelo, Thiago, Lourenço, Júlia, Nathalia, Nicole). E até hoje me comunico diariamente pela internet com a Terezinha, viúva do Abdo. Abdo nasceu em 9 de maio de 1926, filho de Simão Pedro Mothecy e Jamile Achutti Mothecy. Abdo teve dois irmãos : Antônio Simão e Jorge. O pai de Abdo era da cidade libanesa de Junia, situada na vizinhança de Beirute. Abdo passou a infância com a família que vivia de um armazém de secos e molhados situado na esquina das ruas Barão do Triunfo e Coronel Niederauer. Abdo ingressou na escola aos 7 anos de idade em 1933 (Colégio Marista Santa Maria). Mas estudou também na Escola Olavo Bilac. Terminou sua formação em 1945. E ingressou no Curso de Farmácia em 1946. Formou-se na turma de 1948, que foi a turma pioneira do Curso de Farmácia da UFSM. Exerceu a profissão até 1964 quando passou a dedicar-se exclusivamente ao comércio. Foi dono da Farmácia Probus e da Farmácia Central. Também foi técnico-científico da Farmácia do IPE, tendo anos depois assumido a coordenadoria do IPE em Santa Maria.. Em 1972, o amigo Abdo Mothecy inaugurou – e manteve aberta até sua aposentadoria – a loja SESQUI MAGAZINE, localizada na esquina das ruas Dr. Bozano e Barão do Triunfo. O nome da loja era uma homenagem aos 150 anos da Independência do Brasil. No porão dessa loja ficava o escritório do Abdo, que era frequentado por mim diariamente para tomar cafezinho ou chimarrão, pois lá sempre estavam os companheiros tenistas do Avenida Tênis Clube, os amigos turfistas, os parceiros de pescaria, diversos políticos. Já escrevi sobre essa turma toda numa crônica publicada no DIÁRIO há alguns anos. Abdo foi um exímio desportista. Jogou futebol no 14 de Julho Futebol Clube e no Internacional de Santa Maria. Jogou basquete no Corintians Atlético Clube, sendo campeão estadual em 1947 Aficionado do turfe, foi proprietário de um cavalo – de nome Crotil - vencedor de muitas carreiras pelo interior do RS. Tive a oportunidade de ser parceiro de tênis do saudoso amigo Abdo nas quadras do ATC com um grupo grande de grandes companheiros, seniors e veteranos. Depois das partidas e de uma revigorante sauna, seguiam os festejos em concorridos e alegres churrascos. Também em 1988 fui companheiro do querido amigo na Câmara de Vereadores, legislatura de 1988/1991, ocasião em que ele se elegeu pelo PMDB e eu pelo PDT. Abdo faleceu no dia 30 de abril de 2013, aos 86 anos, no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria. O prefeito Cesar Schirmer decretou luto oficial no município. Em 2013 eu estava morando na praia de Canasvieiras, em Florianópolis, onde fiquei por 10 anos. Naquele ano recebi telefonema da amiga Terezinha, viúva do amigo Abdo, me convidando para um almoço festivo onde seria lançado o livro de memórias do Abdo, sob o título “ Memórias que o tempo não apagou”. Sem pestanejar, confirmei meu comparecimento. E até hoje guardo com carinho em minha biblioteca o livro e as fotos tiradas com os parentes todos e amigos onde, em 102 páginas, são contados episódios marcantes da ttrajetória de umm homem bom e de caráter. Foi um grande amigo !

Um comentário:

Gigi disse...

Muito interessante e de conteúdo a crônica de James Pizarro sobre Abdo Mothecy. O leitor fica sabendo de muitas informações que desconhecia. Textos dessa natureza me incentivaram a manter o vínculo com o Diario, mesmo residindo agora à distância de Santa Maria. Luiz Arlindo Cioccari