sábado, 31 de janeiro de 2009

A Casa das Conchas


Já imaginou viver dentro de uma concha? A ideia, que, inicialmente, pode parecer absurda, não está tão longe de se tornar real para o casal Pedro Heleodoro de Augusto, 56 anos, e Marileia de Augusto, 53 anos.

Na residência onde vivem, na Praia do Campeche, no Sul da Ilha, paredes e móveis, dentro e fora da casa, estão ganhando formas arredondadas e tons brancos das conchinhas do mar.

A gruta religiosa foi o primeiro local a ganhar o adorno na casa dos Augusto. Nem mesmo o teto, a churrasqueira, o armário da cozinha e o fogão escaparam do trabalho de colagem. Tudo está sendo revestido pelos invólucros de calcário, que, além de enfeitar, proporcionam um ambiente fresquinho.

Mas o trabalho está longe de terminar. Devido a problemas de saúde que atingiram a coluna, Pedro fez uma pausa na decoração marítima que, durante dois anos, foi cuidadosamente realizada por ele e a mulher.

A ideia, explica o casal, surgiu da falta de dinheiro para investimentos na casa. As conchas foram todas retiradas das praias do Campeche e Morro das Pedras, também no Sul da Ilha. De bicicleta, Pedro se deslocava para os balneários, onde enchia sacos de 50 quilos durante duas horas de exercícios, abaixando e levantando para recolher os presentes do mar.

Nas paredes internas da casa e na fachada estão espalhados desenhos de mandalas feitos de diferentes tipos de conchas. Detalhes que começaram a ser trabalhados há cinco anos. Pedro não sabe dizer quantas conchas foram utilizadas, mas promete revelá-las assim que terminar sua obra de arte.

O casal informa que muitos curiosos passam na frente da casa e batem à sua porta para apreciar o trabalho mais de perto ou até para fazer encomendas. Somente a churrasqueira tem três pedidos de encomendas.

Todos são bem recebidos pelos proprietários da casa de conchas que, brincando, disseram já ter pensado em cobrar ingressos das visitas.

Todas as perguntas dos apreciadores são respondidas, com exceção de uma. O casal não conta o segredo da mistura com a cola responsável por fixar as conchas nas paredes e móveis. Isso porque faz questão de ter uma casa exclusiva, sem cópias.
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FONTE : jorn. Nanda Gobbi (DIÁRIO CATARINENSE - 1/2/2009, N° 8332)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quando um homem dá conselho...


Veja porque jamais encarregam um homem de dar conselhos e orientações sentimentais nas revistas femininas...
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Caro Roberto,

Espero que possa me ajudar.
Peguei meu carro e saí­ pra trabalhar, deixando meu marido em casa vendo televisão, como sempre. Rodei pouco mais de 1km quando o motor morreu e o carro parou.
Voltei pra casa, para pedir ajuda ao meu marido.
Quando cheguei, nem pude acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha!
Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a garota 22. Estamos casados há 10 anos, ele confessou que eles estavam tendo um caso há 6 meses.
Eu o amo muito e estou desesperada.
Você pode me ajudar?
Antecipadamente grata.
Patrícia


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RESPOSTA
Cara Patrícia
Quando um carro pára, depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de fatores. Comece por verificar se tem gasolina no tanque. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injeção eletrônica. Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injetores.
Espero ter ajudado.

Roberto.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

BRIGA IMPERDÍVEL !


Um turco pegou dinheiro emprestado de um judeu.
Acontece que o turco se gabava de nunca ter pago uma dívida sequer. Por outro lado, o judeu nunca havia perdido nenhum centavo em transação alguma.
Passa o tempo e o turco enrolando e se escondendo do judeu e este na captura do turco.
Até que um dia eles se cruzaram no bar de um português e começaram uma discussão.
O turco encurralado não encontrou outra saída, pegou um revólver encostou na própria cabeça e disse:
- Eu posso ir para o inferno, mas não pago essa dívida!
E puxou o gatilho, caindo morto no chão.
O Judeu não quis deixar por menos, pegou o revólver do chão, encostou em sua própria cabeça e disse:
- Eu vou receber esta dívida, nem que seja no inferno!
E puxou o gatilho, caindo morto no chão.
O português, que observava tudo, pegou o revólver do chão, encostou em sua cabeça e disse:
- Puta que pariu!!! Essa briga eu não perco por nada!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dra. JANE COSTA


JANE COSTA, médica infectologista e clínica geral conhecida nacionalmente, é médica da minha família há muitos anos, minha colega de docência na UFSM,RS, e minha ex-aluna no cursinho pré-vestibular MASTER. Além de nossa amizade pessoal, eu nutro por ela uma admiração imensa pelo seu talento profissional, sua capacidade científica e sua dedicação aos pacientes. É uma verdadeira máquina de cura, tantos os milhares de vidas que já salvou por seus diagnósticos precisos. É uma glória da medicina santamariense e gaúcha.
OBS - Considerada uma das maiores autoridades brasileiras em AIDS, o leitor poderá assistir e ouvir uma entrevista com a Dra. JANE COSTA no Portal Brasil Clínicas, no seguinte endereço : http://www.brasilclinicas.com.br/entrevistas/default.aspx?entrevistaID=8

domingo, 25 de janeiro de 2009

LIÇÃO DE VIDA !!!

Esta carta foi enviada ao diretor de uma escola primária que havia oferecido um almoço em homenagem às pessoas idosas da comunidade.

Durante o almoço, uma das senhoras convidadas, de idade avançada, ganhou um rádio, num sorteio realizado com os cupons que foram entregues na porta.

Ela escreveu uma carta emocionada em agradecimento aos promotores do evento. Este relato é uma homenagem a toda a humanidade, e serve para refletirmos sobre as relações humanas.

Veja que LIÇÃO DE VIDA:

'Caros alunos e membros da direção, Deus abençoe vocês pelo lindo rádio que ganhei durante o almoço em homenagem aos idosos! Eu tenho 84 anos e moro em um lar de velhinhos carentes. Toda a minha família já faleceu, eu não tenho mais parentes. Por isso, foi muito reconfortante saber que existem pessoas que ainda levam em consideração o meu bem estar e paz de espírito.

Aqui no nosso Lar, divido o quarto com uma companheira mais idosa do que eu - ela tem 95 anos de idade - que não
pode comparecer ao almoço, por estar muito deprimida. Durante todos estes anos em que convivemos ela teve um radinho como o meu, que lhe fazia companhia constante. Ela nunca permitiu que eu ouvisse o rádio dela, mesmo quando estava dormindo ou ausente. Há algum tempo, no entanto, o rádio dela caiu do criado mudo e se espatifou no chão. Foi muito triste para ela, que chorou muito.

Então eu ganhei este rádio e no dia seguinte ao almoço ela pediu-me para ouvi-lo, e eu disse:

- Nem fudendo, sua velha filha da puta!!!

Obrigada por me proporcionarem essa inesquecível oportunidade!'

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA


NUNCA MAIS TREMA...EM CIMA DA LINGUIÇA !!!

sábado, 17 de janeiro de 2009

AMORAS


"O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente,nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país,talvez
nem goste dele,mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul."
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Autor : Eugénio de Andrade
Enviado pelo meu amigo português, RUI FERRÃO LUCAS, em 17 de janeiro/2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

DITADOS GAÚCHOS...


-Quieto no Canto como guri cagado...
-Mais ligado que rádio de preso
-Mais curto que coice de porco
-Firme que nem prego em polenta
-Mais nojento que mocotó de ontem
-Saracoteando mais que bolacha em boca de véia
-Solto que nem peido em bombacha
-Mais curto que estribo de anão
-Mais pesado que sono de surdo
-Calmo que nem água de poço
-Mais amontoado que uva em cacho
-Mais perdido que cego em tiroteio
-Mais perdido que cachorro em dia de mudança
-Mais perdido do que cusco em procissão
-Mais faceiro que guri de bombacha nova
-Mais assustado que véia em canoa
-Mais angustiado que barata de ponta-cabeça
-Mais por fora que quarto de empregada
-Mais por fora que surdo em bingo
-Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa
-Feliz que nem lambari de sanga
-Mais ansioso que anão em comício
-Mais apertado que bombacha de fresco
-Mais apressado que cavalo de carteiro
-Mais arisca do que china que não quer dar
-Mais atirado que alpargata em cancha de bocha
-Mais baixo que vôo de marreca choca
-Mais bonita que laranja de amostra
-De boca aberta que nem burro que comeu urtiga
-Mais chato que gilete caída em chão de banheiro
-Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada
-Mais conhecido que parteira de campanha
-Mais comprido que discurso de gago
-Mais comprido que cuspe de bêbado
-Mais coxuda que leitoa em engorde
-Devagarzito como enterro de viúva rica
-Mais difícil que nadar de poncho
-Mais duro que salame de colônia
-Mais encolhido que tripa na brasa
-Extraviado que nem chinelo de bêbado
-Mais faceiro que mosca em tampa de xarope
-Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude
-Mais faceiro que pica-pau em tronqueira
-Mais feliz que percanta em dia de pagamento de quartel
-Mais feio que briga de foice no escuro
-Mais feio que sapato de padre
-Mais feio que paraguaio baleado
-Mais feio que indigestão de torresmo
-Mais firme que palanque em banhado
-Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
-Mais gasto que fundilho de tropeiro
-Mais gostoso que beijo de prima
-Mais grosso que dedo destroncado
-Mais grosso que rolha de poço
-Mais grosso que parafuso de patrola
-Mais informado que gerente de funerária
-Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro
-Mais nervoso que potro com mosca no ouvido
-Quente que nem frigideira sem cabo
-Mais sério que defunto
-Mais sujo que pau de galinheiro
-Tranqüilo que nem cozinheiro de hospício
-Tranqüilo que nem água de poço
-Bobagem é espirrar na farofa
-Mais gorduroso que telefone de açougueiro
-Mais perdido que cebola em salada de frutas
-Mais feliz que gordo de camiseta
-Mais chato que chinelo de gordo

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CACAU MENEZES (Diário Catarinense) CITA J. PIZARRO


Na edição do dia 12/janeiro/2008 (edição 8313), à pág. 35, o conhecido jornalista Cacau Menezes citou o artigo escrito por James Pizarro sobre a origem do nome "Canasvieiras". Eis a íntegra da nota :

"Canasvieiras

Segundo J. Pizarro, em História da Praia de Canasvieiras, e a historiadora Suzana Bitencourt, em sua dissertação de mestrado na UFSC, de 2005, “a origem do nome Canasvieiras deve-se ao sr. Vieira, que, antigamente, possuía uma plantação de cana-de-açúcar na localidade”.

A propósito, os turistas que estão em Canasvieiras têm certeza que Florianópolis não tem prefeito: é um absurdo a quantidade de buracos em todas as ruas do balneário."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A água (que ninguém vê) na guerra Israel x Gaza


Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio? Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina. Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural.

"Para além das manchetes do conflito do Oriente Médio, há uma batalha pelo controle dos limitados recursos hídricos na região. Embora a disputa entre Israel e seus vizinhos se concentre no modelo terra por paz, 'há uma realidade histórica de guerras pela água' - tensões sobre as fontes do Rio Jordão, localizadas nas Colinas de Golã, precederam a Guerra dos Seis Dias". Raymond Dwek - The Guardian, [24/NOV/2002] **

A nossa sobrevivência na Terra está ameaçada. Sem alimento, o ser humano resiste até 40 dias; sem água, morre em 3 dias. Somos água! Mas, enquanto a população se multiplica e a poluição recrudesce, as fontes de água desaparecem.

Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio?

Oriente Médio... uma região aonde água vale mais do que petróleo... E sempre nos passam a idéia de que lá as guerras ocorrem pela conquista das reservas de petróleo.

E a conquista das reservas de água? Em 1997, o então vice-diretor geral da UNESCO, Adnan Badran, no seminário "Águas transfronteiriças: fonte de paz e guerra" (que centrou os debates nas águas do Mar Aral, do rio Jordão, do Nilo...) disse que "a água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo".

Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina.

Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural. Ali, ele é o "dono" das:

- águas superficiais: bacia do rio Jordão (incluindo o alto Jordão e seus tributários), o mar da Galiléia, o rio Yarmuk e o baixo Jordão;

- águas subterrâneas: 2 grandes sistemas de aqüíferos: o aqüífero da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aqüífero de Basin e o aqüífero Costeiro que se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza.

Tais águas são 'transfronteiriças', recursos naturais compartilhados. Segundo recente inventário da UNESCO, 96% das reservas de água doce mundiais estão em aqüíferos subterrâneos, compartilhados por pelo menos dois países.

Há regras internacionais para o uso dessas águas. Algumas destas obrigam Israel a fornecer água potável aos palestinos.

Mas Israel não compartilha a água; afinal, tais regras internacionais não prevêem mecanismos de coação ou coerção; é letra morta. O Tribunal Internacional de Justiça, até hoje, condenou apenas um caso relacionado com águas internacionais.

A estratégia de Israel é outra. Em 1990, o jornal Jerusalém Post publicou que "é difícil conceber qualquer solução política consistente com a sobrevivência de Israel que não envolva o completo e contínuo controle israelense da água e do sistema de esgotos, e da infra-estrutura associada, incluindo a distribuição, a rede de estradas, essencial para sua operação, manutenção e acessibilidade" (1). Palavras do ministro da agricultura israelense sobre a necessidade de Israel controlar o uso dos recursos hídricos da Cisjordânia através da ocupação daquele território.

O Acordo de Paz de Oslo de 1993, por exemplo, estipulou que os palestinos deveriam ter mais controle e acesso à água da região.

Nessa época, segundo o professor da Hebrew University, Haim Gvirtzman, dos 600 milhões de metros cúbicos de água retirados anualmente de fontes na Judéia e Samaria, os israelenses usavam quase 500 milhões, satisfazendo cerca de um terço de suas necessidades hídricas. Para ele, isso gerou um 'direito adquirido sobre a água'. Questionado sobre o acesso palestino à água, o professor respondeu:

"Israel deve somente se preocupar com um padrão mínimo de vida palestino, nada mais, o que significa suprimento de água para eles só para as necessidades urbanas. Isso chega a cerca de cinqüenta/cem milhões de metros cúbicos por ano. Israel é capaz de suportar essa perda. Portanto, não deveríamos permitir que os palestinos desenvolvessem qualquer atividade agrícola, porque tal desenvolvimento virá em prejuízo de Israel. Certamente, nunca permitiremos aos palestinos suprir as necessidades hídricas da Faixa de Gaza por meio do aqüífero montanhoso. Se purificar a água do mar é uma solução realista, então deixemos que o façam para as necessidades dos residentes da Faixa de Gaza".

E na Guerra pela Água vale tudo: os israelenses bombardeiam tanques d'água, grandes ou pequenos (muitas vezes construídos nos telhados das casas), confiscam as bombas d'água, destroem poços, proíbem que explorem novos poços e novas fontes d'água (a Cisjordânia, em 2003, contava com cerca de 250 fontes ilegais e a Faixa de Gaza, com mais de 2 mil). Israel irriga 50% das terras cultivadas, mas a agricultura na Palestina exige prévia autorização.

Então, furto de água das adutoras de Israel é comum naquela região.

A regra do jogo é esta: enquanto o palestino não tem acesso à água para beber, o israelense acostumou-se ao seu uso irrestrito.

Sendo assim, dá pra imaginar uma outra forma de divisão ou de uso compartilhado desses recursos hídricos para os próximos anos? Dá pra imaginar a sobrevivência de qualquer estado e, nesse caso, da Palestina sem o controle efetivo do acesso e da distribuição dos recursos hídricos que necessita?

Botar a mão na água é coisa antiga. Britânicos e franceses no Oriente Médio definiram as fronteiras (em especial da Palestina) de olho nas águas da bacia do rio Jordão.

Desde 1948, Israel prioriza projetos, inclusive bélicos, para garantir o controle de água na região. Dentre estes:

- a construção do Aqueduto Nacional (National Water Carrier);

- em 1967, anexou os territórios palestinos de Gaza e Cisjordânia e tomou da Síria as Colinas do Golã, ricos em fontes de água, para controlar os afluentes do Rio Jordão. Sobre esta guerra, Ariel Sharon falou que a idéia surgiu em 1964, quando Israel decidiu controlar o suprimento d'água;

- em 2002, a construção o 'muro de segurança' viabilizou o controle israelense da quase totalidade do aqüífero de Basin, um dos três maiores da Cisjordânia, que fornece 362 milhões de metros cúbicos de água por ano. Segundo Noam Chomsky, "o Muro já abarcou algumas das terras mais férteis do lado oriental. E, o que é crucial, estende o controle de Israel sobre recursos hídrico críticos, dos quais Israel e seus assentados podem apropriar-se como bem entenderem..." (2). Antes do muro, ele já fornecia metade da água para os assentamentos israelenses. Com a destruição de 996 quilômetros de tubulação de água, agora falta água para beber à população palestina do entorno do muro;

- antes de devolver (simbolicamente) a Faixa de Gaza, Israel destruiu os recursos hídricos da região. E, até hoje, não há infra-estrutura hídrica nas regiões palestinas.

Quantos falam a respeito disso?

Em 2003, na 3ª Conferência Mundial sobre Água, em Kyoto, Mikhail Gorbachev bateu na tecla dos conflitos mundiais pela água: contabilizou, na época, 21 conflitos armados que objetivavam apropriação de mais fontes de água; destes, 18 ocorreram em Israel.

Gestão conjunta, consumo igualitário de água, ética e consenso na água - palavras bonitas no papel, nas mesas de negociação, na mídia. Na prática, é utopia.

O que a ONU e os donos do planeta estão esperando para exigir que Israel cumpra as regras internacionais sobre águas mesmo que estas contidas em convenções, acordos, declarações (e outras abobrinhas)?

Quem vai ter coragem de criar regras claras e objetivas para punir a violação dos direitos dos povos e nações à sua soberania sobre seus recursos e riquezas naturais?
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FONTE : Ana Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente da ong Ambiental Acqua Bios e da Academia Livre das Águas, e-mail:ana@ecoeacao.com.br, website: http://www.ecoeacao.com.br

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O QUE É A REFORMA ORTOGRÁFICA ?


Por que foi feita a reforma ortográfica?

De acordo com o governo brasileiro, a reforma ortográfica pretende simplificar e unificar a grafia entre os diferentes países que falam português. No discurso de assinatura do acordo ortográfico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse o seguinte: “[O acordo ortográfico] É o reencontro do Brasil com suas raízes mais profundas. Como avançar sem fortalecer a língua, como produzir bens culturais e didáticos sem uniformidade?”. Especialistas apontam que a unificação do idioma pode facilitar a assinatura de documentos diplomáticos, o comércio exterior e a cooperação entre os países de língua portuguesa.

Quais são os países que participam do acordo?

Participam Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo – ou seja, reafirmaram o compromisso de implantá-lo. O Brasil é o país que está mais adiantado, pois já tem um cronograma claro. Portugal se comprometeu a adotar as novas normas até 2014.

Quando foi firmado o acordo ortográfico?

As mudanças da língua portuguesa foram acordadas em 1990, entre Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em 2004, foi assinado um documento diplomático que inseria no grupo dos países de língua portuguesa o Timor Leste.

Quantas palavras são modificadas pela reforma ortográfica?

Segundo o Ministério da Educação (MEC), 0,8% das palavras sofrem alteração no Brasil. Em Portugal, a proporção de palavras modificadas chega a 1,3%. Especialistas divergem sobre esse percentual: também já foi divulgado que 1,6% das palavras de Portugal e que 0,5% das do Brasil serão afetadas.

É possível voltar atrás e desfazer as mudanças?

No Brasil, de acordo com o decreto assinado pelo presidente Lula, qualquer revisão do acordo ortográfico está sujeita à aprovação do Congresso Nacional.

Até quando posso escrever na antiga ortografia?

É possível escrever na antiga ortografia até o dia 31 de dezembro de 2012. A partir de 2013 ficam valendo apenas as novas normas ortográficas.

Quais são as principais mudanças na ortografia que a reforma traz?

As principais mudanças são o acréscimo de três letras no alfabeto, a extinção do trema, a retirada dos acentos em partes das palavras, além de alterações no uso do hífen.

A queda do trema e de acentos muda a pronúncia?

Não. A pronúncia continua a mesma. A reforma ortográfica só modifica a escrita.

Os livros escolares vão adotar as novas regras?

De acordo com o MEC, os livros escolares estão autorizados a circular em 2009 nas duas grafias, a velha e a nova. Em 2010 as obras deverão circular apenas na nova ortografia – com exceção das reposições de livros.

domingo, 11 de janeiro de 2009

"ZORRA TOTAL" ...QUE BESTIALÓGICO !


O que faz a direção da REDE GLOBO manter no ar há anos no horário nobre de sábado, um bestialógico programa de humor (?) chamado "ZORRA TOTAL", enquanto mantém no mais absoluto ostracismo um humorista talentoso e inteligente como o CHICO ANYSIO ?
A censura é política porque Chico, embora sutilmente, fazia críticas veladas ao governo federal ?
"ZORRA TOTAL" é prestigiada porque ajuda a imbecilizar o povo brasileiro e manter a massa sem juízo crítico para nada ?

sábado, 10 de janeiro de 2009

EU COO, EU MOO...


Não olhe agora, mas tenho a impressão de que a reforma ortográfica, que está queimando as pestanas dos que vivem da língua portuguesa – professores, jornalistas, escritores, editores de livros, locutores de TV e rádio, publicitários –, foi feita só para suprimir o trema. É o único ponto sobre o qual ninguém parece discordar. O atroz dilema do hífen – co-habitar ou coabitar? –, o degredo do acento agudo de palavras como "jibóia" e "averigúe" e a horrível morte de certos circunflexos estão levando gramáticos às fuças. Sem o chapeuzinho, por exemplo, como conjugar verbos como coar e moer? Eu coo, eu moo? Muitos se rebelam contra tais alterações e ameaçam ir às últimas para não ter de escrever "antissegregacionismo", "bensucedido" ou "ad-renalina".

Enquanto isso, os dois inocentes pontinhos sobre "lingüiça", "qüinqüênio", "pingüim" etc. foram varridos pelos "lingüistas" sem a menor contemplação, como se contaminassem a escrita com sarna ou beribéri. Na verdade, para muitas pessoas, o trema já vai tarde, porque elas nunca o usaram, com ou sem reforma. Pois, a partir de agora, quero ver alguém se sair bem numa "argüição", a começar pela pronúncia desta palavra sem o trema.

Um dos argumentos para a reforma é a de que a dupla ortografia impedia a difusão da língua portuguesa no exterior. Temo que, com o acordo, a língua continue secreta fora dos países lusófonos, mas, pelo menos, estará unificada.

Unificada? Para meu orgulho, já tive alguns livros traduzidos para inglês, japonês, alemão, espanhol, italiano, russo e polonês. É natural – como poderiam ser lidos naqueles países se não fosse assim? Mas nunca entendi por que um deles, Carmen – Uma biografia, ao ser lançado em Portugal, teve de ser radicalmente traduzido do português para o... português.
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AUTOR DO TEXTO : Ruy Castro é jornalista e escritor

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

LADRÃO PROCESSA VÍTIMA POR LESÕES CORPORAIS...ETA, BRASIL !!!


Uma ação em tramitação no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, leva às últimas conseqüências a máxima segundo a qual a Justiça é para todos - todos mesmo. O pedido de um assaltante, preso em flagrante e que decidiu processar a vítima por ter reagido durante o assalto, provocou surpresa até mesmo nos meios jurídicos e foi classificado como uma "aberração" pelo juiz Jayme Silvestre Corrêa Camargo, da 2ª Vara Criminal, que suspendeu a ação. Não satisfeito, o advogado do ladrão, José Luiz Oliva Silveira Campos, anuncia que vai além da queixa-crime, apresentada por lesões corporais: pretende processar, por danos morais, o comerciante assaltado. O motivo: seu cliente teria sido humilhado durante o roubo.
Wanderson Rodrigues de Freitas, de 22 anos, se sentiu injustiçado e humilhado porque apanhou do dono da padaria que tentava assaltar. O crime ocorreu no mês passado, na Avenida General Olímpio Mourão Filho, no Bairro Planalto, Região Norte de BH. Por volta das 14h30 de uma terça-feira, Wanderson chegou ao estabelecimento e anunciou o assalto. Ele rendeu a funcionária, irmã do proprietário, que estava no caixa. Conseguiu pegar R$ 45.
No entanto, quando ia fugir, foi surpreendido pelo dono da padaria, um comerciante de 32 anos, que prefere ter a identidade preservada. "Estava chegando, quando vi minha irmã com as mãos para o alto. Já fui roubado mais de 10 vezes nos sete anos que tenho meu comércio. Quatro dias antes de esse ladrão aparecer, tinha sido assaltado. Não pensei duas vezes e parti para cima dele. Caímos da escada e, quando outras pessoas perceberam o que estava acontecendo, todos começaram a bater nele também. Muitos reconheceram o ladrão como autor de outros assaltos da região", conta o comerciante.
Ele diz ainda que, para render a irmã, Wanderson escondeu um pedaço de madeira debaixo da blusa, fingindo ter uma arma. "Pensei que fosse um revólver. Quando a vi com as mãos para o alto, arrisquei minha vida e a dela. Mas estava revoltado com tantos crimes e quis defender meu patrimônio. Trabalhei 20 anos para conseguir comprar esta padaria. Nada foi fácil para mim e nunca precisei roubar para viver. Na confusão, chamamos a polícia e ele foi preso em flagrante por tentativa de assalto a mão armada", conta. O comerciante acha absurda a atitude do advogado. "O que me deixa indignado é como um profissional aceita uma causas dessas sem pensar no bem ou no mal que pode causar a sociedade. Chega a ser ridículo", critica.
Quem parece compartilhar da opinião da vítima é o juiz Jayme Silvestre Corrêa Camargo. Em sua decisão, ele considerou o fato de um assaltante apresentar uma queixa-crime, alegando ser vítima de lesão corporal, uma afronta ao Judiciário. O magistrado rejeitou o procedimento, por considerar que o proprietário da padaria agiu em legítima defesa. Além disso, observou que não houve nenhum excesso por parte da vítima. O magistrado avaliou que o homem teria apenas buscado garantir a integridade física de sua funcionária e, por extensão, seu próprio patrimônio. "Após longos anos no exercício da magistratura, talvez este seja o caso de maior aberração postulatória. A pretensão do indivíduo, criminoso confesso, apresenta-se como um indubitável deboche", afirmou o juiz. Da decisão de primeira instância cabe recurso.
Com 31 anos de carreira, o advogado do assaltante, José Luiz Oliva Silveira Campos, está confiante no andamento do processo. Ele alega que o cliente sofreu lesão corporal e se sentiu insultado e rebaixado por ter levado uma sova. "A ninguém é dado o direito de fazer justiça com as próprias mãos. Wanderson levou uma surra. Ele foi humilhado e, por isso, além dos autos em andamento, vou processar o comerciante por danos morais", afirma.
Ele conta que há 31 dias Wanderson está atrás das grades, no Ceresp da Gameleira, pelo crime cometido no Planalto. Além de justificar a ação, ele desfia um rosário de teorias. "Não vejo nada de ridículo nisso. Os envolvidos estouraram o nariz do meu cliente e ele só vai consertar com uma plástica. Em vez de bater nele, o dono da padaria poderia ter imobilizado Wanderson. Para que serve a polícia? Um erro não justifica o outro. Ele assaltou, sim. Mas não precisava ter sido surrado", afirma. O advogado acrescenta que sua tese é a de que Wanderson não estava armado, mas "apenas com um pedaço de madeira de 20 centímetros".
Ele também culpa o governo pelo assalto praticado pelo cliente. "O problema mora na segurança pública. Há câmeras do Olho Vivo pela cidade. Por que o poder público não coloca nas padarias também? Temos que correr atrás de nossos direitos e Wanderson está fazendo isso. Meu cliente precisa ser ressarcido", diz o advogado.

É... Tem Advogado e tem adevogado!!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Entre o Bronx e a cracolândia - 6/1/2009



Morador de Higienópolis há 40 anos, Norman Gall foi criado em South Bronx, em Nova York. O sossegado bairro de imigrantes europeus se transformou, na década de 1970, no símbolo da degradação urbana dos Estados Unidos - com guerras de gangues e incêndios criminosos, era o cenário de muitos dos filmes sobre violência nova-iorquina. Mas, hoje, é um daqueles laboratórios de soluções urbanas, admirados mundialmente.

Norman voltou recentemente para a escola pública em que estudou e se admirou com as inovações. Não apenas escreveu um livro sobre o que viu, mas estabeleceu uma ponte para que a experiência pudesse, neste ano, ser testada em colégios estaduais na zona leste de São Paulo e daí, quem sabe, ser replicada.

Como estou neste momento em Nova York, escolhi essa combinação da zona leste com South Bronx para dizer o seguinte: Gilberto Kassab encontra São Paulo, em seu segundo mandato, numa situação inusitada. Provavelmente, ninguém assumiu a prefeitura paulistana numa situação tão favorável, apesar da crise econômica e dos cortes de verbas.

Indivíduos como Norman Gall revelam uma cidade com um crescente senso de coletividade -no qual não se esperam soluções apenas do governo- e foi esse um dos ingredientes que fez a falida Nova York retornar para a sua exuberância.

Em São Paulo, há dezenas de instituições e empresários que vêm assumindo projetos sociais e escolas públicas. Um dos mais famosos publicitários brasileiros, Nizan Guanaes me disse que vai usar seus recursos e contatos para criar, na periferia, uma escola de referência nacional. É o que pretende a Faap ao adotar uma escola na zona oeste. Batem recordes as captações de recursos para programas de proteção à infância e à adolescência. Boa parte da elite paulistana se aglutinou no movimento Nossa São Paulo, criando metas para toda a cidade.

O fato de a violência na cidade cair ininterruptamente desde 1999 e praticamente tirar do assassinato o rótulo de epidemia se explica, em parte, pela ação da sociedade, onde nasceu a campanha pelo desarmamento. Movimentos pela paz se disseminaram em regiões como Jd. Ângela, Paraisópolis e Heliópolis.

São Paulo tem a vantagem de viver uma desconhecida harmonia entre um prefeito e um governador, cujos principais investimentos nos próximos anos serão na região metropolitana, entre os quais metrô, Rodoanel e escolas técnicas. Essa será uma das vitrines de José Serra. Essa parceria favorece acertos nas mais diferentes áreas, como cultura e educação, que se concentram em espaços municipais. Embora em menor escala, a cidade vem conseguindo que os três poderes (federal, estadual e municipal) trabalhem juntos, como em Heliópolis, onde se desenvolveu o conceito de bairro educador, previsto para ser disseminado pela prefeitura.

Além do aumento do sentimento de coletividade e da parceria com o governo estadual, São Paulo terá políticas razoavelmente ininterruptas por dois mandatos; afinal, Kassab ficará (isso se cumprir sua promessa) por quase oito anos no cargo.

Ele está com prestígio em alta, não terá um ano para se adaptar à maquina da prefeitura -e não perderá um ano no final de seu mandato, metido numa eleição. É bastante tempo para que ele revitalize a região da Luz, conhecida como cracolândia, a nossa versão do South Bronx, implante as escolas em tempo integral, espalhe centros culturais e saúde pela periferia, e transforme favelas em bairros.

Quando substituiu Serra, Kassab foi beneficiado pela baixa expectativa, não se esperava muito dele. Não é o caso agora. Com tantas condições favoráveis, ele é obrigado a ter um desempenho ainda melhor do que em seu primeiro mandato - diga-se que não é um bom começo o debate em torno do aumento das secretarias para acomodar aliados, num ano de crise em que ocorrerão cortes no Orçamento.

PS - Um dos fatos que mais marcaram meu aprendizado sobre engenharia comunitária foi ter sido apresentado ao South Bronx por ex-chefes de gangues, que se converteram em reformadores de casas abandonadas. O combate à barbárie rumou das ruas para dentro das escolas, gerando resultados extraordinários, devido a uma série de ousadias.

Aqui, ouvi a frase que sempre quis ouvir de um governante brasileiro. O prefeito Michael Bloomberg pediu aos eleitores que o julgassem por um critério: "Quero ser avaliado pelo desempenho dos meus alunos". Cada vez que volto aqui, vejo que ele está vencendo, a tal ponto que algumas das suas ações se espalham pelo mundo, como na zona leste. Mas também percebo como a resistência paulistana é um dos fatos sociais mais interessantes do Brasil.
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FONTE :Gilberto Dimenstein, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, comentarista da TV Futura e da rádio CBN. É diretor pedagógico da Cidade Escola Aprendiz (Envolverde/Aprendiz)

As vantagens adquiridas quando se chega a uma certa idade


1. Os seqüestradores não se interessam mais por você.

2. De um grupo de reféns, provavelmente será um dos primeiros a ser libertado.

3. As pessoas lhe telefonam às nove da manhã e perguntam: 'te acordei?'

4. Ninguém mais o considera hipocondríaco.

5. As coisas que você comprar agora não chegarão a ficar velhas.

6. Você pode, numa boa, jantar às seis da tarde.

7. Você pode viver sem sexo, mas não sem os óculos.

8. Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros.

9. Você discute apaixonadamente sobre planos de aposentadoria.

10. Você dá uma festa e os vizinhos nem percebem.

11. Você deixa de pensar nos limites de velocidade como um desafio.

12. Você pára de tentar manter a barriga encolhida, não importa quem entre na sala.

13. Você cantarola junto com a música do elevador.

14. A sua visão não vai piorar m uito mais.

15. O seu investimento em planos de saúde finalmente começa a valer a pena.

16. As suas articulações passam a ser mais confiáveis do que serviço de meteorologia.

17. Seus segredos passam a estar bem guardados com seus amigos,porque eles os esquecem.

18. 'Uma noite e tanto', significa que você não teve que se levantar para fazer xixi.

19. Sua mulher diz 'vamos subir e fazer amor', e você responde: 'escolha uma coisa ou outra, não vou conseguir fazer as duas!'.

20. As rugas somem do seu rosto quando você está sem sutiã.

21. Você não quer nem saber onde sua mulher vai, contanto que não tenha que ir junto.

22. Você é avisado para ir devagar pelo médico e não pelo policial.

23. 'Funcionou ', significa que você hoje não precisa ingerir fibras.

24. 'Que sorte!', significa que você encontrou seu carro no estacionamento.

25. Você não consegue se lembrar quem foi que lhe mandou esta lista.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Apreciem a Viagem - George Carlin


Você sabia que a única época da nossa vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se V. tem menos de 10 anos, V. está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.
Quantos anos V tem? Tenho quatro e meio! Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco! Este é o lance!
Quando V. chega à adolescência, ninguém mais o segura. V. pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. 'Qual é sua idade?'
'Eu vou fazer 16!' Você pode ter 13, mas (tá ligado?) vai fazer 16!
E aí chega o maior dia da sua vida! Você completa 21! Até as palavras soam como uma cerimônia: VOCÊ ESTÁ FAZENDO 21. Uhuuuuuuu!
Mas então V. 'se torna' 30. Ooooh, que aconteceu agora? Isso faz V. soar como leite estragado! Êle 'se tornou azedo'; tivemos que jogá-lo fora. Não tem mais graça agora, V. é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?
V. COMPLETA 21, V. 'SE TORNA' 30, aí V. está 'EMPURRANDO' 40. Putz! Pise no freio, tudo está derrapando! Antes que se dê conta, V. CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram.
Mas, espere! Você ALCANÇA os 60. V. nem achava que poderia!
Assim, V. COMPLETA 21, V. 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA' os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.
Você pegou tanto embalo que BATE nos 70! Depois disso, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª.. feira!'

Você entra nos seus 80 e cada dia é um ciclo completo; V. bate no lanche, a tarde se torna 4:30; V. alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. Entrado nos 90, V. começa a dar marcha à ré; 'Eu TINHA exatos 92.'

Aí acontece uma coisa estranha. Se V. passa dos 100, V. se torna criança pequena outra vez. 'Eu tenho 100 e meio!'
Que todos Vocês cheguem a um saudável 100 e meio!!

COMO PERMANECER JOVEM

Livre-se de todos os números não-essenciais. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocupar com eles. É para isso que V. os paga.
Mantenha apenas os amigos alegres. Os ranzinzas só deprimem.
Continue aprendendo. Aprenda mais sobre o computador, ofícios, jardinagem, seja o que for, até radio-amadorismo. Nunca deixe o cérebro inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo. E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.

Aprecie as coisas simples.
Ria sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego.
Lágrimas fazem parte. Suporte, queixe-se e vá adiante. As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.
Cerque-se daquilo que ama, seja família, animais de estimação, coleções, música, plantas, hobbies, seja o que for. Seu lar é seu refúgio.
Cuide da sua saúde: se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que V. possa fazer, peça ajuda.
Não 'viaje' às suas culpas. Faça uma viagem ao shopping, até o município mais próximo ou a um país no exterior, mas NÃO para onde V. tiver enterrado as suas culpas.
Diga às pessoas a quem V. ama que V. as ama, a cada oportunidade.

E LEMBRE-SE SEMPRE:


A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.


Se V. não mandar isso para pelo menos 8 pessoas- quem se importa? Mas compartilhe isto com alguém. Todos nós temos que viver a vida ao máximo a cada dia!

A jornada da vida não é para se chegar ao túmulo em segurança em um corpo bem preservado, mas sim para se escorregar para dentro meio de lado, totalmente gasto, berrando:

"PUTA MERDA, QUE VIAGEM!"
VIVA SIMPLESMENTE, AME GENEROSAMENTE,IMPORTE-SE PROFUNDAMENTE, FALE GENTILMENTE,DEIXE O RESTO PARA DEUS.

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO


'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível' Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:


'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.


Diário - Como é que você teve essa idéia?

Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.

Com que objetivo?

A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis. Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?

Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?

Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal. Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos.. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.


Dê um exemplo.

Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis. De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão. O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar: 'É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão'.


Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?
Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari.
Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente. As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando
a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.


Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?

Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.


Eles testaram você?

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.


O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.


E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?

Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.


E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.


*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

domingo, 4 de janeiro de 2009

QUE 2009 CRIATIVO ESTE...

(Treinando duro para ser presidente...)


Fracassos econômicos são atribuídos à crise global.
Prefeitos assumem e já dizem que encontraram cofres raspados.
Crimes aumentam em audácia diante da certeza da impunidade.
Árabes e palestinos seguem a maldição do horror.
Oferta de empregos formais caindo.
Pobres continuam morrendo na fila do SUS.
Famílias contentes com os 15 reais que ganham por filho.
Deputados, vereadores e Judiciário preparam aumento de seus salários.
Lula acomoda milhares de petistas que ficaram sem emprego com a derrota nas urnas.
Ronaldinho "Fenômeno" faz seu enésimo regime alimentar.
Turistas assassinados no Rio de Janeiro.
Maluf se anuncia candidato e continua livre, lépido e fagueiro.
A Ética continua agonizando na política e Lula diz que não sabe de nada.
Dilma faz plástica para ser a candidata ao Planalto.
Obama prepara pacote econômico para lançar dia 20 de janeiro, quando assumir.
E a Rede Globo ressucita a Maysa, que foi sucesso há 50 anos, na minha mocidade.

Eta mundão criativo !!!