terça-feira, 30 de julho de 2013

Florianópolis lidera Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil, revela ONU

por Redação do EcoD*
Floripa Florianópolis lidera Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil, revela ONU
Capital catarinense registrou IDHM de 0,847. Foto: omarsan

Nem o Rio de Janeiro, cidade mundialmente conhecida e cantada como “maravilhosa”, repleta de megaeventos internacionais, tampouco São Paulo, com a sua pujança econômica, ou mesmo Curitiba, famosa por suas iniciativas de sustentabilidade. A capital mais desenvolvida do Brasil é Florianópolis, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, divulgado nesta segunda-feira, 29 de julho, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Além da capital catarinense, Vitória, do Espírito Santo também têm IDHM superior a 0,8, considerado “muito alto” pela ONU. O índice trabalha com uma escala que vai de 0 a 1, na qual, quanto mais próximo de 1, melhor é a avaliação obtida.
Na lanterninha da lista, está Maceió (AL), a única capital brasileira com índice inferior ao da média do Brasil. A capital alagoana ficou com 0,721, contra 0,727 do Brasil. Entre 0,7 e 0,799, o grau de desenvolvimento é considerado “alto”.
Em nível geral, quando não são consideradas somente as capitais, São Caetano do Sul, na região do ABC, em São Paulo, aparece com o melhor IDHM do país (0,862). No outro extremo está Melgaço, no Pará, com 0,418.
A medição realizada pela Organização das Nações Unidas utiliza dados do Censo 2010, do IBGE, e considera indicadores de educação, renda e expectativa de vida para traçar um panorama sobre a qualidade de vida de diversas localidades do país.
O Brasil registrou um salto de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda – saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano).
Sobre o Atlas Brasil 2013
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 traz uma ferramenta gratuita de acesso a informações sobre 5.565 municípios brasileiros, útil tanto para os gestores públicos quanto para a sociedade em geral. Nele estão contidos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para cada município e os resultados da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos do país – também sob a perspectiva municipal: entre eles demografia, educação, renda, habitação, trabalho e vulnerabilidade.
Apesar de ter sua metodologia baseada no cálculo do IDH Global (publicado anualmente pela sede do Pnud em Nova York para mais de 150 países), a comparação entre IDHM e IDH não é possível, já que o IDHM é uma adaptação metodológica do IDH ao nível municipal, utilizando outra base de dados (neste caso, os Censos do IBGE). Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para retratar estas dimensões.
O IDHM é elaborado em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, do IBGE.
1º Florianópolis – 0,847
2º Vitória – 0,845
3º Brasília – 0,824
4º Curitiba – 0,823
5º Belo Horizonte – 0,810
6º São Paulo – 0,805
7º Porto Alegre – 0,805
8º Rio de Janeiro – 0,799
9º Goiânia – 0,799
10º Palmas – 0,788
11º Cuiabá – 0,785
12º Campo Grande – 0,784
13º Recife – 0,772
14º Aracaju – 0,770
15º São Luís – 0,768
16º Natal – 0,763
17º João Pessoa – 0,763
18º Salvador – 0,759
19º Fortaleza – 0,754
20º Boa Vista – 0,752
21º Teresina- 0,751
22º Belém – 0,746
23º Manaus – 0,737
24º Porto Velho – 0,736
25º Macapá – 0,733
26º Rio Branco – 0,727
27º Maceió – 0,721

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FONTE :
* Com informações do PNUD.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O PAPA FRANCISCO - James Pizarro

Escutei tudo o que o Papa falou e presenciei, via TV, tudo que ele fez na última semana. O Papa, além de humilde, sereno, direto, carismático - fala a linguagem que o povo fala. É um gênio na comunicação de massas e um doutrinador por excelência. A entrevista dele no FANTÁSTICO de ontem (28/julho/2013) é uma peça antológica dentro da história da nossa Igreja.

 Merece profunda meditação por parte de nossos sacerdotes este trecho de uma de suas homilias :

 "Precisamos de sacerdotes que não tenham vocação para príncipes, que sejam humildes e acolhedores...a Igreja não requer padres de sacristia, mas necessita de padres que tenham o cheiro de suas ovelhas, padres que saiam da igreja e se encaminhem para as periferias...a Igreja é mãe, e uma mãe acaricia, toca, ama...uma mãe não age apenas por correspondência".

 Católico, apostólico, romano que sou, praticante, estudioso da Palavra, espero sinceramente que nossos padres tenham meditado profundamente sobre os ensinamentos do Papa.

domingo, 28 de julho de 2013

" 28 DE JULHO, DIA DO AGRICULTOR " - Iracema Dantas de Araujo ***

***IRACEMA DANTAS DE ARAUJO, professora e escritora, minha grande amiga, residente em Goiânia,Goiás.
 
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Hoje é o Dia do Agricultor.
Dia de falar de Luiz Pereira de Araújo*, meu pai, um homem simples que viveu da Terra. Um amante da Natureza. Trabalhador incansável que arava as terras de outrens, preparando-as para o plantio e o cultivo de lavouras produtivas, cujo fruto do seu trabalho resultou em alimentos para muitos.
Autodidata que se atrevia a orientar consertos em trator por telefone, tamanha era sua afinidade e segurança profissional também como mecânico. O melhor do mundo. Todos o conheciam. Afinal, Xico Barbudo, apelido herdado nos anos 50, estava sempre cercado de amigos. Andava feliz num Jeep sem capota, escoltado pelo fiel Vencedor, cão que o acompanhou até morrer de velho.
Por detrás de seus olhos azuis morava um homem humilde, honesto e sensível. Um nordestino adotado por Jaraguá - A Cidade do Trabalho.
Uma conversa amiga, bondade e desprendimento material acompanhavam sua disposição para o trabalho. Dar a mão, ajudar os outros era o que importava, a qualquer hora do dia ou da noite.
Sua marca registrada tinha a troca como pagamento. Nunca conseguiu dar valor monetário a seu trabalho".
O agricultor Luiz Pereira de Araújo é exemplo que deve ser imitado por suas virtudes e qualidades.
No Dia do Agricultor, merece ser lembrado, com toda gratidão.

Iracema Dantas de Araújo

PS: Luiz Pereira de Araújo (Xico Barbudo) fixou residência no Céu em 31 de março de 1992.

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Papa se opõe à liberalização do consumo de drogas

por Redação da AFP
papa3 Papa se opõe à liberalização do consumo de drogas
Francisco se manifestou contra a descriminalização das drogas. Foto: Tasso Marcelo / AFP

Pontífice pediu coragem na luta contra o tráfico, pois a descriminalização não “conseguirá reduzir a propagação e a influência da dependência química”. 
Rio de Janeiro (AFP) – O papa Francisco descartou a “descriminalização do consumo de drogas” durante encontro com dependentes químicos em tratamento na quarta-feira 24 num hospital franciscano da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.
O pontífice também pediu coragem para a luta contra o tráfico de drogas, atividade que já matou dezenas de milhares na América Latina nos últimos anos. “Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a propagação e a influência da dependência química”, disse o primeiro papa latino-americano da história.
“A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e semeia dor e morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem”, acrescentou Francisco, ao fazer uma referência implícita aos confrontos ligados ao tráfico de drogas.
“É preciso enfrentar os problemas que estão na raiz de seu uso, promovendo uma maior justiça, educando os jovens nos valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro”, disse sem dar mais explicações.
O presidente da Guatemala, Otto Pérez, e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (Brasil), Vicente Fox e Ernesto Zedillo (México) e César Gaviria (Colômbia) promovem uma mudança de estratégia na guerra contra as drogas lançada há quatro décadas pelos Estados Unidos, e defendem sua descriminalização.
O presidente do Uruguai, José Mujica, já propôs descriminalização da maconha no país, e o projeto conta com os votos necessários para a aprovação do projeto, apesar do posicionamento contrário da oposição.
O Brasil, país com maior número de católicos do mundo, é considerado o primeiro consumidor mundial de crack, com um milhão de consumidores, segundo estudo da Universidade Federal de São Paulo.
Durante a cerimônia desta quarta-feira, o pontífice abençoou uma placa de inauguração da nova ala de reabilitação para dependentes químicos do Hospital São Francisco de Assis, administrado pelos franciscanos desde 2011. A previsão é de que o local conte com 80 leitos.
A visita do Papa ao hospital aconteceu durante sua viagem ao Rio de Janeiro, uma cidade que luta há décadas contra o tráfico. Desde 2008, as autoridades iniciaram a ocupação de dezenas de favelas dominadas por traficantes, como parte da preparação da cidade para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Nesta quinta-feira Francisco deverá visitar a favela da Varginha.
* Publicado originalmente no site da AFP e retirado do site  Carta Capital.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ilha do Argentino ou do Francês *

* Por José Luiz Sardá - Geógrafo
 
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Localizada no Norte da Ilha de Santa Catarina com 67.000 m² e a 800 metros da Praia de Canasvieiras está a Ilha do Argentino ou do Francês. Esta ilha é ícone e referência para quem visita a Baía de Canasvieiras. Sua vegetação é formada principalmente pela Mata Atlântica, costões rochosos e de difícil acesso, exuberante flora e fauna e duas pequenas praias.
Ainda hoje é denominada pelos pescadores e nativos das comunidades circunvizinhas de Canasvieiras como Ilhota ou Ilha do Argentino. Há uma nota publicada em revista local de 1949 por Celso Perrone que cita “dizem que seu nome, como é fácil de deduzir, proveio do fato de ter sido habitada há cerca de um século por um veterano da Grand Armée de Napoleão Bonaparte e que emigrara após a derrota de Waterloo.”

Já o escritor Virgílio Várzea (1863-1941), filho ilustre de Canasvieiras, cita em seu livro “Santa Catarina, a Ilha - 1900”: “...cerca de 600 metros ao mar da ponta de São Francisco, alteia-se a ilhota dos Franceses, ou simplesmente a Ilhota, como aí a denominam vulgarmente. De uma paisagem encantadora e cercada de altos rochedos, dispostos com suprema arte pela natureza, rochedos que se alongam como aríetes estranhos sobre as ondas tocadas de espuma – a ilhota dir-se-ia um desses pequeninos torrões do arquipélago Odisseu, onde deusas e ninfas olímpicas viviam, em tempos lendários...”

Ao longo dos anos a Ilha do Francês foi ocupada com sucessivas trocas de proprietários. Sua primeira ocupação deu-se em 1884 e nesta época o ponto de partida mais usado para se chegar até lá era pela Praia do Porto, pequena praia localizada no promontório abaixo da Igreja de São Francisco de Paula.

Desde 1884 é chamada popularmente de Ilha do Argentino e de propriedade particular excluída a orla, por determinação legal. Em 1894, metade da Ilha, com uma casa e muitas árvores frutíferas foi vendida ao alemão João Ignácio Schroeder segundo consta em escritura no Patrimônio da União. A Ilha vivia em êxtase, linda, florida com orquídeas e plantas raras, uma beleza sem par. Encantado com a profusão de orquídeas selvagens tratou de montar um orquidário.

”Este alemão foi meu tetra avô, o meu bisavô Joaquim da Costa casou-se com sua filha Virginia Schoroeder e até a sua morte foi o responsável pela guarda da Ilha. Ainda pequeno cheguei a conhecer a Vó Bisa, já o meu bisavô faleceu quando eu tinha meus vinte anos”.

Em 1916, o inglês John Williamson – que, supostamente, veio à cidade instalar a luz elétrica – comprou a ilha de Schroeder e ali instalou a sua oficina. O artigo de Perrone, antes citado, é justamente sobre uma visita ao inglês, que o descreve como um “perfeito gentleman, ao qual um já longo retiro de mais de dez anos não conseguira deslustrar”.

Após a morte de Williamson, em 1938, a posse foi para as mãos de Antônio Muniz Barreto “aos 7 anos de idade conheci o senhor Muniz Barreto, eu brincava muito nesta ilha, minha falecida mãe Rute Cunha Sardá sobrinha de Ruth da Costa Siqueira, desde moça trabalhou nesta Ilha”. Muniz Barreto foi o responsável pelo auge da beleza da Ilha do Francês, incrementando o orquidário e criando jardins com flores raras, importadas de todo o mundo. Entre elas, a orquídea elegante, uma variedade totalmente branca.

Minha mãe contava que o argentino era um milionário apaixonado pela Ilha, queria morrer e ser enterrado lá.
Ele tinha um motorista de táxi exclusivo, que morava em Florianópolis, que se chamava "Boneco". Conta-se que quando ele chegava da Argentina, para chegar até Canasvieiras, o seu Boneco sempre tinha que estar livre. Ele fazia o transporte com muita dedicação e também por amizade e respeito e por isso era bem remunerado.
Vinha só para passar as férias, mas carregava consigo diversos empregados e era muito generoso para com eles. Com freqüência dava presentes aos pescadores e nativos conhecidos que chegavam até a Ilha. Quando Muniz Barreto envelheceu e adoeceu, os filhos não o trouxeram mais para o local. Hoje a Ilha do Argentino pertence aos seus netos.

SAPIENS PARQUE/APESCAN *

* Por José Luiz Sardá
Geógrafo e Gerente Regional de Projetos Especiais
SDR da Grande Florianópolis
 
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Hoje o Sapiens Parque é uma realidade, empreendimentos estão sendo construídos e outros previstos para médio e longo prazos. O Centro de Convenções de Canasvieiras também irá propiciar um marco histórico na região. Surgirão novas possibilidades de negócios. Vislumbro um novo turismo para Florianópolis e em especial para região Norte da Ilha. Um turismo sério, equilibrado, profissional e constante para os setores turísticos e econômicos na região.
Diante deste quadro promissor que irá gerar novos produtos e serviços a sociedade, a diretoria da Associação de Pescadores de Canasvieiras - Apescan, apresentou a direção do Sapiens Parque uma proposta de cunho socioambiental que consiste em mitigar a extinção da espécie peixe robalo, objetivando o repovoamento da espécie na Baía de Canasvieiras, rios e lagoas da Bacia hidrográfica do Rio Ratones, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades pesqueiras da região.
A idéia é introduzir a reprodução dessa espécie e de outros peixes nos dois lagos que estão sendo construídos no Sapiens Parque. Posteriormente o repovoamento, atividades de educação ambiental e de lazer. As associações de pescadores da região seriam parceiras neste projeto, formando cooperativa, construindo açudes e viveiros tanques-redes para a engorda, consumo próprio e comercialização. A Prefeitura Municipal de Florianópolis através da (Secretaria da Pesca e Maricultura, Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis – Igeof, Secretaria da Educação, Secretaria de Turismo e Esporte) seriam parceiras no planejamento e execução, buscando dinamizar a economia e o potencial desta atividade.
Este projeto propiciaria aos pescadores artesanais de Canasvieiras e região a viabilização econômica da atividade extrativista da pesca, potencializando a geração de emprego e renda, numa relação direta de parceria entre estes profissionais, atendendo restaurantes, bares e hotéis da região.
Torço pelo sucesso, por tratar-se de um projeto que promove o desenvolvimento econômico e socioambiental, aproximando a comunidade do Sapiens Parque. Idéias desta natureza devem ter apoio das autoridades e dos gestores públicos, pois irá gerar potencialidades e possibilidades para uma melhor qualidade de vida aos pescadores e moradores da Região Norte da Ilha.
Necessário ainda a parceria da Fundação Certi, Fatma, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Secretaria de Estado de Agricultura e da Pesca, Epagri, Cidasc, Ufsc, Udesc, Acif, Associações de Moradores e entidades representativas da Região.

PESCA, AGRICULTURA E COMÉRCIO NO NORTE DA ILHA‏ *

* Edição de Julho 2013 do JORNAL FLORIPA NORTE.
Distribuição em todo Norte da Ilha de Canta Catarina.
Por José Luiz Sardá
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PESCA, AGRICULTURA E COMÉRCIO NO NORTE DA ILHA

Sobre a pesca, agricultura e comércio em Canasvieiras Virgílio Várzea cita no livro: Santa Catarina, a Ilha 1900, “que a pesca é aí muito farta também e de todas as freguesias da Ilha esta é, por sem dúvida, a que possui maior número de redes... “que as terras de Canavieiras são ubérrimas e nelas se cultivam a mandioca, a cana, o feijão, o milho, o algodão, a videira e o café, que, insignificante há vinte anos, constitui hoje a sua principal produção”... “que havia então certo número de canoas de voga de quatro e seis remos, da lotação de 100 a 200 alqueires — pertencentes na maior parte ao velho Areias — singrando constantemente, abarrotadas de carga, entre a capital e Canavieiras (estas mercadorias eram levadas dentro destas enormes canoas ao longo do Rio Papaquara que na época possuía calado alto)... “a Venda dos Areias tomou o nome de um velho português que aí residiu muitos anos, com uma dessas casas de negócio da roça onde se vende toda espécie de artigos e gêneros”.

Fico a imaginar as manhãs frias de inverno, nas primeiras décadas do século passado, período da pesca da tainha quando os pescadores de Canasvieiras e localidades vizinhas deixavam os afazeres de lavoura a cargo das mulheres, seguindo direção aos diversos ranchos de pesca da orla da praia de Canasvieiras. As mulheres em casa cuidando da lida doméstica. Muitas delas fazendo renda de bilros. Além do trabalho de rendeiras, colhiam, pilavam e torravam café. Atualmente são poucas nativas que sabem fazer renda de bilros. Para chegar à praia, percorriam diversos caminhos que ligavam a freguesia. Uns seguiam pelo caminho do Rei, atual José Bahia Bittencourt, ou Chico Helena que levava até a Praia da Galega, da Pinguela, das Flores e do Balneário, Milton Leite da Costa.

Para a pesca, vinham pescadores das freguesias de Ratones, Vargem Pequena, Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande e Cachoeira do Bom Jesus. Os donos dos ranchos de pesca eram nativos de famílias tradicionais, a saber: Vida, Evaldo Brasil, Nicanor dos Santos, Manoel Sardá, Joaquim da Ilhota, Zilico, Joca Rufino, João Firme, Timóteo Siqueira, Deca do Belo, Dezinho Pacheco, Leôncio e Manoel Schoroeder.
O vigia da pesca de arrastão tinha de ser um pescador com boa visão e experiência. A missão do vigia era avistar o cardume, observar a mudança de coloração d’água para vermelho escuro ou roxo e o saltar alto do peixe. Abanando um chapéu ou casaco, alertava outros pescadores que ficavam junto à praia, na espera de lançar a rede ao mar. Inicia-se o cerco, um deles na praia segura o cabo da rede e a canoa começa a descrever um semicírculo. Dentro dela vai o patrão, quatro remadores e o chumbelero e em cadência a rede é jogada ao mar, retornando na outra ponta. A função do patrão é soltar a rede dando equilíbrio à canoa na medida seguindo mar adentro. Ao retorno da canoa, uma extremidade do cabo é amarrado num dos bancos e o chumbelero dá equilíbrio à embarcação.
Em terra os camaradas aflitos esperam a ordem para começar a puxar a rede com força e cuidado, a rede é deixada na areia e recolhida ao final do arrastão. Terminado o arrastão é realizada a partilha do pescado. A metade fica para o dono da rede, a outra fica para os pescadores. Aquele que dirige a canoa ganha quatro quinhões, o patrão ganha três, sendo da porcentagem dos camaradas e a do dono da rede. O remador ganha dois e os camaradas ganham um. Naquela época a fartura era tanta que ninguém voltava para casa de mãos vazias. O dono da rede sempre dava tainhas para os amigos e parentes dos pescadores.

Hoje a escassez deste peixe é uma constante. Atualmente na praia de Canasvieiras restam apenas três ranchos. Um pertence à Associação de Pescadores de Canasvieiras, que foi fundada em abril de 2005, cujo objetivo é preservar a tradição e a cultura da pesca artesanal. Outros são de nativos, que servem para a guarda dos apetrechos de pesca e esporádicas incursões ao mar.

A partir da década de trinta começam a ser construído um novo modelo de engenho; o de mastro ou rolete. Esses engenhos eram feitos na ilha, por exímios carpinteiros. Nesta época existiam na Freguesia de Canasvieiras quatro engenhos de farinha, todos pertencentes a famílias tradicionais desta localidade: do Timóteo Siqueira, Sergio Souza, Marciano Barcelos e Severo Vieira. Geralmente anexo a estes engenhos havia outras engenhocas: de alambique, outra para descascar arroz, socar milho, para pilão de café e o tear. Dos engenhos que ainda restam no norte da ilha à maioria é movido à eletricidade. Atualmente não temos mais engenhos de farinha em Canasvieiras. Nesta operação toda a família era envolvida, incluindo as crianças.
Naquele tempo os agricultores e pescadores trabalhavam muito, mas sempre quem ficava com o lucro eram os proprietários das canoas de pesca. Os atravessadores tinham caminhões para transportar as mercadorias até Florianópolis, entre eles dois nativos de Canasvieiras, senhor Higino Brito e Olimpio Calazans. Naquela época o dinheiro em moeda papel circulava pouco, o mais comum era o escambo, isto é, a troca de um produto por outro. Plantava-se muito café, cebola e nozes que era utilizada para fazer para fazer o óleo vegetal e sabão.

Início da década de vinte começaram a surgir na freguesia de Canasvieiras ao longo da Estrada Velha (Virgílio Várzea e Tertuliano Brito Xavier) Armazéns de secos e molhados e Vendas. Seus donos eram nativos de famílias tradicionais de Canasvieiras: Antônio Cunha, Dona Dudu, Manoel Dedeca, Marçal, Gigi Brito, Tomaz Vieira, Cido Brito, Tinho Machado, João Silvy, Anselmo e Izidoro Santos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

SAIBA O QUE LULA FEZ DE 2002 A 2010 COM A "DIVIDA INTERNA/EXTERNA" DO BRASIL

Você ouve falar em
DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA
Em jornais e TV e não entende direito vamos explicar a seguir:

DIVIDA EXTERNA é uma dívida com OS Bancos, Mundial, o FMI e outras Instituições,
No exterior em moeda externa.

DIVIDA INTERNA é uma dívida com
Bancos em R$ (moeda nacional) no país. Então, quando LULA assumiu o Brasil,
Em 2002, devíamos:
Dívida externa = 212 Bilhões
Dívida interna = 640 Bilhões
Total DA Dívida = 851 Bilhões
Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa. E é verdade, só que ele não explicou que,
Para pagar a dívida externa,
Ele aumentou a dívida interna:

Em 2007 no governo Lula:
Dívida Externa = 0 Bilhões
Dívida Interna = 1.400 Trilhão
Total DA Dívida = 1.400 Trilhão
Ou seja, a Dívida Externa foi paga, mas a dívida interna quase dobrou.
Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em
jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada. Sabe por que?
É que ela voltou...
Em 2010 no governo Lula:
ü Dívida Externa = 240 Bilhões
ü Dívida Interna = 1.650 Trilhão
ü Total DA Dívida = 1.890 Trilhão
Ou seja, no governo LULA,
A dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão!!!
Daí é que vem o dinheiro que o Lula está gastando no PAC,
Bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura,
Bolsa para presos, dentre outras mais bolsas... E de onde tirou 30 milhões de brasileiros DA pobreza !!!
E não é com dinheiro do crescimento, Mas sim, com dinheiro de
ENDIVIDAMENTO.
Compreenderam?
Ou ainda acham que Lula é mágico?

Quer mais detalhes,
Sobre dívida interna e externa do Brasil? Acesse o site:
http://www.sonoticias.com.br/opiniao/2/100677/divida-interna-perigo-a-vista
Os brasileiros, vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula,
Que não está conseguindo pagar OS juros dessa
"Dívida trilhardária"
Tendo que engolir um "spread"(txa. Juros)
Muito caro para refinanciar OS "papagaios",
Sem deixar nenhum benefício para o povo,
Mas apenas
DIVIDAS A PAGAR Por todos OS brasileiros,
Que pagam seus impostos...!!!
A pergunta que não quer calar é:
Dilma Vai continuar esta gastança?
REPASSE PELO BEM DO PAÍS !
ACORDA BRASIL !!!
Para maiores esclarecimentos, leia artigo de Hélio Fernandes no site:
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=6379
CADA cidadão brasileiro tem uma dívida , feita pelo Lula, de quase 1.0 MILHÃO DE REAIS.

Entenderam pq querem ressuscitar a CPMF?


segunda-feira, 8 de julho de 2013

CABRESTEIRO DESPUDORADO

O Dr. Adalberto Villareal é advogado atuante da comarca de Florianópolis há mais de 4 décadas.Formou-se em Direito na UFSM, época em que começamos uma sólida amizade que dura até hoje. São dele estes significativos versos sobre a realidade brasileira de hoje.

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CABRESTEIRO DESPUDORADO
Ainda sobra espaço
prá senador chicaneiro,
enganador e matreiro,
desde novinho, tramposo.
Mandou-se para Trancoso,
rapineiro como a ave,
a bordo de uma aeronave
do Governo Federal,
em missão não oficial.
Trocou bugalhos por alhos,
mordeu parte dos salários
do achatado contribuinte,
e abusou com acinte
do Tesouro Nacional.
Com muita desenvoltura
mostrou as ventas na mídia,
escondeu na manga a insída
que manuseia sem pejo.
Tem por único desejo
o seu projeto pessoal,
e o povo que se dê mal.
É a maldita tradição
do coronel do sertão.
Com cola, pra meu espanto,
comeu serragem, garanto,
pois tem a cara de pau
e finge que não é mau,
o político embrulhão.
Num jogo de esperteza
evitou de ser cassado,
engendrou um golpe usado
por renúncia conhecido,
e logo o intrometido
elegeu-se outra vez
por causa da insensatez
do cabresto eleitoral,
no Brasil, tão natural,
de políticos sem prumo
que nos deixaram sem rumo.
É hora de uma faxina,
quem sabe o povo capina
estes joios do trigal.
É grande a patifaria
e o conjunto de manobras
naquele ninho de cobras
do côncavo até o convexo.
Só se conhece o reflexo
da mão na porta do cofre
enquanto o pobre sofre
sem hospital nem escola,
vivendo apenas da esmola
da tal de bolsa família
que a quem recebe humilha
e aumenta a desigualdade
desde o campo até a cidade
mas enriquece a corriola.