sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

CONFLITO ÉTICO


Embora a Lei Orgânica da Magistratura não proíba expressamente a participação societária de magistrados em empresas privadas, a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, no controle acionário do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), abala a imagem do Judiciário e coloca novamente a Justiça brasileira em delicada situação junto à opinião pública.

A situação se agrava ainda mais quando o presidente da maior Corte de Justiça do país – aliando a atividade de magistrado a de empresário da educação – compra terrenos de R$ 2 milhões por um quinto do valor e fecha contratos sem licitação para cursos diversos com entidades estatais – desde a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional até o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, conforme informações da revista Carta Capital, em reportagem do jornalista Leandro Fortes.

Criado em 1998, o Instituto de Gilmar Mendes faturou, entre 2000 e 2008, cerca de R$ 2,4 milhões em contratos com órgãos ligados ao governo federal – todos firmados sem licitação. Depois que Gilmar Mendes assumiu o cargo de presidente do STF o faturamento em contratos com a União cresceu. De 2003 para cá, o valor somou R$ 1,6 milhão, segundo dados disponíveis no site Contas Abertas. Só no mês passado, o IDP recebeu R$ 350 mil com a celebração de convênios.

No site da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU) verifica-se que nas guias de pagamento aparece um acordo do IDP com a Receita Federal até para trabalho aduaneiro. O Ministério da Defesa – de Nelson Jobim – pagou R$ 55 mil ao Instituto, e a CGU, R$ 15 mil. O IDP tem contrato, sem licitação, com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até com a Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com a revista Carta Capital, os valores recebidos da União pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, em 2008, devem-se, sobretudo, a três contratos firmados com o Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Receita Federal. Do Senado, o instituto recebeu R$ 125 mil, do STJ R$ 88,2 mil e da Receita Federal R$ 117,9 mil. Os cursos oferecidos pelo IDP também foram contratados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal, que pagou R$ 690 mil. Assim como nos outros contratos, a licitação foi considerada “inexigível”. No período em que Nelson Jobim presidiu o STF – entre 2005 e 2006 – aquele tribunal gastou quase R$ 50 mil em cursos e eventos oferecidos pelo Instituto de Gilmar Mendes.

Em 2006, o jornal O Globo denunciou relações estranhas entre o IDP e o STF. Então presidente interino do Supremo – a titular Ellen Gracie Northfleet, estava de licença médica – Gilmar Mendes transformou em “bolsa de estudos” um empenho de R$ 3,6 mil referente a um curso de Mestrado em Ações Constitucionais, ministrado pelo IDP a três funcionários do STF.

Todas as tentativas do Ministério Publico Federal para impedir Gilmar Mendes de usar de influência para conseguir contratos no governo foram em vão. A primeira delas ocorreu em abril de 2002, pouco antes de ele ser nomeado para o STF. Na época, o Ministério Público chegou a instaurar uma ação de improbidade administrativa por Gilmar Mendes ter contratado o IDP para dar cursos no órgão do qual era o principal dirigente – a Advocacia-Geral da União.

A construção da sede do IDP – um amplo prédio de quatro andares – foi financiada com recursos do Fundo Constitucional do Centro Oeste – R$ 3 milhões – dinheiro gerenciado pelo Banco do Brasil. Quando começou a funcionar, em 1998, o IDP comprou um terreno por R$ 2,2 milhões, com recursos do Programa de Promoção do Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável, que ilegalmente o enquadrou com a rubrica de “setor produtivo”, garantindo-lhe um desconto de 80% na aquisição da área. Gravitam ao redor do IDP nomes de peso como o de Nelson Jobim (Defesa) e Jorge Hage (CGU). Entre os professores incluem-se Carlos Alberto Direito, Carlos Ayres Britto, Eros Grau e Marco Aurélio Mello – todos do STF.
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STF compra sofá de dois lugares por R$ 10.650,00

O Supremo Tribunal Federal (STF) comprou esta semana um sofá de dois lugares por R$ 10.650,00. A aquisição foi feita na véspera da posse do ministro e presidente do STF, Gilmar Mendes, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocasião em que criticou a construção de novas sedes para o Poder Judiciário e defendeu critérios para as obras. O ministro também disse que, em alguns casos, pode estar havendo excessos.

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2187
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Rádio CBN - STF gastou mais de R$ 170 mil em viagens de ministros

De acordo com a rádio CBN, o Supremo Tribunal Federal (STF) gastou mais de R$ 170 mil com pagamentos de diárias a ministros durante o ano passado. Somente o ex-presidente do STF, Nelson Jobim, recebeu quase R$ 28 mil. Muitas das viagens foram para participar de eventos realizados por universidades particulares, associações e cursos pagos pelos organizadores. Mesmo assim, foi pedido o ressarcimento dos gastos. Num desses encontros, Jobim ficou hospedado, com a mulher, quatro dias num hotel cinco estrelas, em Salvador. O presidente do STF recebeu R$ 693 por diária. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Organização Não Governamental (ONG) CONTAS ABERTAS, com base em números do Sistema de Acompanhamento de Gastos Federais (Siaf). O STF informou que as viagens ressarcidas têm caráter oficial e que os ministros não cobram dos organizadores para ministrar palestras ou participar das solenidades.
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Solenidade de posse do presidente do STF custará aproximadamente R$ 40 mil

O Supremo Tribunal Federal (STF) está preparando a tradicional solenidade de posse de ministros. Amanhã, tomarão posse oficialmente no órgão o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, e o vice-presidente, ministro Cesar Peluso. O evento, que contará com a presença de 3,5 mil convidados, tem custo estimado de pelo menos R$ 39,9 mil. A quantia servirá para pagar as contratações de um grupo musical e de uma empresa especializada em promoção de eventos, que deverá prestar serviços de recepção, transporte, hospedagem, alimentação, impressão de materiais, entre outros, às autoridades e aos demais convidados. A cerimônia será realizada a partir das 16 horas no plenário do órgão em Brasília.

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2215
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Carrinho de Compras: STF reserva R$ 5,5 mil para compra de cortinas e forro blecaute

No embalo da polêmica interminável no caso Dantas, solta ou não solta, o Carrinho de Compras de hoje mostra que o Supremo Tribunal Federal (STF) parece está querendo se esconder ou pelo menos se proteger do sol. Isso porque o órgão empenhou (reservou em orçamento) R$ 5,9 mil com a compra de cortinas, de forros blecaute e de bandôs de alumínio revestido com tecido.

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2320
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Carrinho de Compras: STF reserva R$ 67,7 mil para reformar 32 sofás e poltronas

Na semana em que o Supremo Tribunal Federal julgou inadequado o uso de algemas nas operações da Polícia Federal, “contra a espetacularização”, o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro também “reservou” outras surpresas. Na última terça feira, o tribunal empenhou (reservou em orçamento) quase R$ 70 mil com o pagamento de serviços de reforma em 32 sofás, poltronas e cadeiras. Os móveis se dividem em estofados individuais, de dois, três e quatro lugares, além de duas cadeiras de madeira. Duas poltronas são de recepção de gabinete. A nota de empenho só não informa qual seria esse gabinete...

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2342
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Carrinho de Compras: STF compra baldes para gelo, saca-rolhas, bandejas de garçom e colheres de pau

A polêmica envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e a 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo no caso Daniel Dantas parece ter aumentado os ânimos na corte mais alta do Poder Judiciário brasileiro. Isso porque o STF reservou em orçamento (empenhou) R$ 9,8 mil com a compra de diversos itens, entre eles dois baldes para gelo, 12 bandejas de garçom, três saca-rolhas e duas colheres de pau. Será que a 6ª Vara Federal Criminal fez o mesmo? Se fez, passou despercebido pelo rastreamento do Carrinho de Compras...

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2311
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Carrinho de Compras: STF reserva R$ 359,00 com compra de tênis Mizuno

O “Carrinho de Compras” de hoje destaca as compras esportivas realizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante a semana. O órgão máximo da esfera judiciária brasileira empenhou R$ 359,00 com a compra de um tênis Mizuno, modelo “Genesis”, preto. Além disso, o STF comprometeu R$ 123,00 com a aquisição de duas calças azul marinho de tactel, com friso branco nas laterais e “elástico forte e cordão na cintura”, tamanho P, e três camisas em malha fria branca, tamanho G, com gola pólo e logotipo do Supremo no peito esquerdo. Resta saber quem serão os “atletas de plantão” ou as atletas que irão vestir as vestimentas típicas das academias de ginástica...

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2458
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Carrinho de Compras: STF reserva R$ 7,2 mil para compra de oito bolsas de couro

O “Carrinho de Compras” de hoje, coluna dominical do Contas Abertas que traz o registro dos gastos mais interessantes dos órgãos públicos federais realizados durante a semana, destaca os empenhos (reservas orçamentárias de recursos) do Supremo Tribunal Federal (STF). A instância máxima do Poder Judiciário brasileiro empenhou 7,2 mil para a compra de oito bolsas de couro “confeccionada em couro preto, espessura 14/16 linhas, forrado em curvin automotivo, acolchoada, três bolsos, cinco zíperes reforçados, fundo rígido, cinco pés, velcro, duas argolas, três botões” e mais algumas exigenciazinhas descritas na nota de empenho emitida pelo STF. Cada bolsinha dessa, que ainda deverá ter o símbolo da TV Justiça bordado na lateral das bolsas, custou R$ 895,00.
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2430

PRAIA BRAVA, Florianópolis


FORTALEZA DE INHATOMIRIM


A Fortaleza de Santa Cruz, localizada na Ilha de Anhatomirim, foi a principal fortificação do antigo sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina, projetada e construída pelo brigadeiro português José da Silva Paes a partir de 1739. Este sistema era composto ainda pelas fortalezas de São José da Ponta Grossa, Santo Antônio de Ratones e Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba. Em 1938, a Fortaleza de Anhatomirim foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, permanecendo anos em total abandono até ser redescoberta e restaurada nas décadas de 70 e 80, quando passou à guarda e manutenção da Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente, as fortalezas catarinenses, gerenciadas pela Universidade Federal, constituem-se num dos maiores e mais bem conservados conjuntos de arquitetura militar do Brasil, e um dos principais pontos de atração turística de Santa Catarina. A Fortaleza de Anhatomirim foi sede do primeiro governo da Capitania de Santa Catarina, a primeira a ser adotada pela UFSC em 1979, e também a primeira a ser restaurada. Além disso, recebe hoje aproximadamente 65% do contingente de mais de 200 mil pessoas de todo o mundo que visitam as fortalezas anualmente.

Localização e forma de acesso

A Fortaleza está localizada na Ilha de Anhatomirim, na entrada da Baía Norte, Município de Governador Celso Ramos, Santa Catarina. Pode-se chegar a esta Fortaleza através dos serviços de escunas que fazem passeios marítimos na região, partindo de diferentes pontos do centro de Florianópolis: próximo à Ponte Hercílio Luz, Trapiche da Beira Mar Norte e da Praia de Canasvieiras. Ainda é possível chegar ao local saindo da BR-101, no km 185, Tijuquinhas, junto à ponte sobre o rio Camarão, e percorrendo cerca de 8 Km até a Praia do Antenor, onde há sempre algum barqueiro disponível para a travessia de aproximadamente 600 m até a Ilha de Anhatomirim.

Cascatas nas Alturas



FOTO 1 : cascata "Véu de Noiva" FOTO 2 : Pedra Furada
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Urubici tem belezas que não acabam. Um dos municípios mais charmosos e românticos de Santa Catarina, é mais procurado pelos turistas no inverno, quando a geada e a neve são comuns. Mas também há atrativos no verão, como o Morro da Igreja, cujo cume está a 1.822 metros acima do nível do mar, e é o ponto habitado mais alto do Sul do Brasil. Lá em cima, pode-se contemplar a imensidão de montanhas e a misteriosa "Pedra Furada", com seus cerca de 30 metros de circunferência.

A Cascata Véu de Noiva, com 62 metros de altura, e a Cascata do Avencal, com 100 metros de queda d´água, também são imperdíveis. Próximo à Cascata do Avencal fica um sítio arqueológico, com inscrições rupestres deixadas por povos que habitavam a região há pelo menos quatro mil anos. A Serra do Corvo Branco tem uma das maiores fendas em rocha do Brasil, com aproximadamente 90 metros de altura.
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FONTE : DC - 27 de fevereiro de 2009, edição N° 8359

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CARNAVAL E A DITADURA DA ALIENAÇÃO - Ana Echevenguá


“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, Me dá um dinheiro aí. Não vai dar? Não vai dar não? Você vai ver a grande confusão que vou fazer Bebendo até cair. Me dá, me dá, me dá (oi) Me dá um dinheiro aí!”

A alienação do carnaval chegou. ‘Não transe sem camisinha’ (Lula, no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, jogou camisinhas para o público), ‘não beba’, ‘não dirija se beber’, ‘não se desidrate’, ‘só veja e leia notícias sobre a festa de Momo’... tratamento alienante mesmo! O governo paternalista fornece verba pras escolas de samba, camisinha, disque-pileque, trio elétrico, feriado, imagens inéditas das bundas e dos tapa-sexo das musas do carnaval, ...

E o que acontece? O povo adere às maravilhas do consumo de sexo e substâncias e psicotrópicas. E o pobre gasta tempo, dinheiro e energia para ser rei ou rainha na ‘Festa-do-Povo’ e desfilar para a diversão dos mais abastados. Como nos áureos tempos do Coliseu de Roma!

Enquanto isso, os “Donos do Poder” aproveitam o período para colocarem suas falcatruas em dia... criam leis e MPs oportunistas para garantir seu locupletamento às nossas custas, na maior parte das vezes; até o Supremo Tribunal Federal está aproveitando a alienação para exigir do Congresso Nacional a votação do reajuste de sua remuneração, que vai provocar efeito cascata na folha de pagamento da magistratura federal e promotorias. E, imaginem só!, os deputados federais querem usar este reajuste para equiparar seus vencimentos aos dos ministros do STF.

Aonde buscar tanto dinheiro?? Ora, eles metem a mão no nosso bolso: a carga tributária de 2008 chegou à casa dos 36,54% do PIB. Sem reforma tributária, os pobres chegam a pagar 44,5% a mais de tributos do que os ricos. No carnaval, a coisa não muda! Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, mais de um terço do preço dos produtos do carnaval é tributo. Confete e serpentina possuem 43,83% de impostos embutidos no seu preço final. 54,8% do preço da cerveja - independente da embalagem (lata ou garrafa) – são impostos; 45,8% do refrigerante em lata e 43,91% da água mineral, idem.

Mas isso não nos interessa! Afinal, precisamos ‘cair na folia’! E os moradores do “país tropical abençoado por Deus” são agraciados com os feriadões do Carnaval, da Páscoa, do Dia das Bruxas, da festa da Independência, da República...

Alienação é palavra de ordem! Lula, na mensagem de fim de ano, disse que a crise internacional não era problema porque o Brasil ficaria mais fortalecido com ela e incentivou seus governados a uma feliz gastança para realizar seus sonhos no Natal;: “se tem um dinheirinho no bolso ou recebeu o décimo-terceiro, e está querendo comprar uma geladeira, um fogão ou trocar de carro, não frustre seu sonho, com medo do futuro (...) se você não comprar, o comércio não vende. E se a loja não vender, não fará novas encomendas à fábrica. E (...) a médio prazo, o seu emprego poderá estar em risco".

Ora, antes do discurso otimista-alienante (com uma aula de ‘economês’ digrátis), já havia um movimento generalizado de cortes de despesas no Brasil. Ou seja, as demissões começaram antes da crise chegar aqui. Em dezembro de 2008, contamos com 650 mil demissões; somente a indústria demitiu mais 80 mil pessoas. A CSN - Companhia Siderúrgica Nacional - foi uma das primeiras. Mais de 590 funcionários estão pedindo a reintegração aos seus empregos, com apoio do Ministério Público do Trabalho. (http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/02/19/materia.2009-02-19.0102383175/view).

A Vale, no mesmo período, anunciou o corte de 10% em sua produção, com a demissão de cerca de 1.300 funcionários ao redor do mundo; 20% destas demissões ocorrerá em Minas Gerais (http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=15142194).



Em 11 de dezembro de 2008, a Embraer já anunciava o que está colocando em prática hoje: o corte “cerca de 20% de seu efetivo em janeiro de 2009, o que representará algo próximo a 4 mil funcionários”. (http://www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?parms=2232888,608,20,1).

E os números vão aumentar em 2009 porque esta é a melhor forma de cortar custos. Segundo o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -, a América Latina pode perder até 4 milhões de empregos este ano; o crescimento do mercado de trabalho informal e de baixa remuneração afetará negativamente a vida de 7 milhões de trabalhadores. Há previsão de aumento de até 15% nos níveis de pobreza; e de perdas bilionárias, com as grandes marcas anunciando venda de unidades de negócios, fechamento de fábricas e demissões. Tão logo as 10 maiores fabricantes mundiais de carros anunciaram mais de 35 mil demissões, a GM demitiu 744 empregados em São José dos Campos (SP).

As empresas de tecnologia de informação, somente em janeiro de 2009, demitiram mais de 30 mil pessoas no mundo. A Microsoft já eliminou 5 mil vagas (http://portal.softwarelivre.org/news/12674). Recentemente, a Sadia anunciou a demissão de cerca de 350 funcionários. (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/)



Parece que a aula de economês não deu certo: a compra do fogão dos seus sonhos, ou a entrega do seu dinheirinho pras casas Bahia, pro Big, pra Fiat do Brasil não mudou o rumo da crise... você está (ou estará) na fila do seguro-desemprego!

Ai, gente boa! O tempo passa e o Brasil continua, desde o tempo das Capitanias Hereditárias, com uma das maiores concentrações de renda do planeta. Atualmente, 10% da população mais rica do Brasil detêm 75,4% de todas as riquezas do país.

Ao invés de reforma tributária e política, temos proliferação de programas sociais: distribuição de bolsa-família, de bolsa-escola, de seguro-desemprego que manipulam as pesquisas sobre o nosso rendimento 'per capita'. E somos elogiados quando as pesquisas mostram brasileiros saindo da chamada ‘linha da indigência’ (os que recebem valores mensais inferiores a um quarto do salário mínimo) e passando para a ‘linha da pobreza’ (os que recebem até meio salário mínimo mensalmente).

Fazemos festa chafurdando na lama! O Brasil Alienado vive sob a Ditadura do Poder Econômico com a prevalência dos interesses da classe dominante, da elite, dos ricos, dos plutocratas ou dos cleptocratas. Assim como a Ditadura Militar, a do Poder Econômico também nos bombardeia insistentemente, através da mídia mercenária, com o discurso falaz de que vivemos sob as asas da liberdade e da democracia.
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FONTE : Ana Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente da ong Ambiental Acqua Bios e da Academia Livre das Águas, e-mail: ana@ecoeacao.com.br, website: www.ecoeacao.com.br

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

CONSULADO É A CAMPEÃ DE FLORIANÓPOLIS EM 2009 (2)



Quem é Quem : Mestre-Sala e Porta-Bandeira
A função do Mestre-sala é cortejar a Porta-bandeira durante toda a apresentação, através de gestos e posturas elegantes que demonstrem a reverência a sua dama, respeitando e protegendo o pavilhão. Enquanto isso cabe a Porta-Bandeira conduzir e apresentar o pavilhão, desfraldando-o em gestos graciosos e reverenciosos.

O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira leva com graça e leveza a bandeira, fazem passos marcados, rodopiam, e tem gestos elegantes e desenvoltos. A porta-bandeira desfila com graça e atitude altiva e nobre enquanto o mestre-sala baila com toda sua leveza e elegância.
Nome: Tatiana Carla de Sousa (1° Casal)
Função: 1ª Porta-Bandeira
Quanto tempo no GRES Consulado? Desde 1989
Outras funções exercidas na escola: Iniciou como Porta-Bandeira mirim em 1989. Foi convidada a ser a 1ª porta-bandeira aos 14 anos de idade, tornando-se a mais nova do carnaval de Florianópolis neste quesito. No primeiro ano, recebeu seu primeiro prêmio: Troféu Maria Cristina por ter tirado nota 10 de todos os jurados. Desde então vem sempre representando o Consulado e já completou 13 anos ao lado do o mestre-sala Mazinho. O primeiro casal da escola já recebeu premiação por participação em alguns eventos e homenagens de rádio e emissoras de TV.
Nome: Wilmar Pereira Filho (Mazinho) (1° Casal)
Função: 1° Mestre-Sala
Quanto tempo no GRES Consulado? Desde 1986
Outras funções exercidas na escola: Iniciou em 1983 no concurso realizado no Acadêmicos do Samba, onde começou como mestre-sala. Passando depois por Império do Samba, Quilombo dos Palmares, Protegidos da Princesa. Em 1986 foi para o Consulado e acaba de completar 20 anos mestre-sala nota 10. É o idealizador e organizador do encontro de casais de mestres-salas e portas-bandeiras realizado anualmente.

CONSULADO É A CAMPEÃ DE FLORIANÓPOLIS EM 2009 (1)



História da Consulado

"Em 1976, um grupo de jovens empregados da ELETROSUL, recém transferidos do Rio de Janeiro, que adquiriram alguns instrumentos de percussão, formaram um grupo para animar confraternizações e torneios esportivos entre colegas de trabalho, liderados por Nivaldo e Salomão.

O nome Consulado do Samba foi atribuído ao grupo, numa alusão às muitas residências de funcionários que eram denominadas “Consulados do Rio”. A residência de Nivaldo e Waltamir, onde eram guardados os instrumentos e feitos os ensaios do grupo, foi batizada como Consulado do Samba.

Em data próxima ao carnaval de 1977, funcionários da empresa, especificamente Martinha e Cacau (João Carlos Bressane) sugeriram que fosse formado um bloco carnavalesco para desfilar e também participar de concorrido concurso de “blocos de sujos” que se realizava na Avenida Paulo Fontes - perto do Mercado Público.

Então, foram realizadas novas rifas para arrecadar dinheiro para comprar mais instrumentos e foi definida a fantasia: mortalha para todos. Como padrão, foi definido o vermelho e branco, inspirado nas cores da GRES Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro.

Salomão virou mestre-de-bateria, e Nivaldo o presidente. Pela novidade, o desfile do bloco foi um acontecimento no carnaval da cidade. Muito elogiado pela qualidade da bateria e pelo “luxo” das fantasias. E o bloco ficou em 1º lugar no ano de 1977.

Daí em diante foram sucessivos primeiros lugares. O Consulado também inovou, ainda como bloco, sendo o primeiro a desfilar com intérprete acompanhado de cavaco (Nivaldo). A cada ano que passava, com mais componentes o bloco desfilava. Em seus 10 anos de existência, foram conquistados 10 campeonatos e o título de hors concurs do Carnaval.

Em 5 de maio de 1986 foi fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Consulado. No ano de 1991, cinco anos após a fundação, veio o primeiro título com o enredo “Apesar de Tudo”. O bicampeonato foi conquistado no ano seguinte com o enredo “Vôo Noturno” e o tricampeonato em 1993 com o enredo “Um Sopro Sul”.

Nos anos seguintes a Escola passou por algumas dificuldades como interdição da sua quadra e inviabilização do desfile. Mesmo enfrentando tantos problemas, a escola permaneceu entre as três primeiras colocações ao longo dos anos que sucederam o tricampeonato.

Houve então a necessidade de renovar, com o objetivo colocar a escola novamente no primeiro lugar. Vários segmentos da escola receberam reforços e muita gente nova recebeu a chance de entrar pra Família Consulado. A bateria foi uma das grandes surpresas do carnaval 2003 e recebeu quatro notas 10 dos jurados e o título de melhor bateria da cidade. Fato que se repetiu nos três carnavais seguintes.

Finalmente no ano de 2005, com o enredo “Da Terra Sem Mal ao Império do Sol o El'Dorado de Aleixo Garcia” a escola conquistou mais um título reacendendo o orgulho de ser consulense. Ainda em 2005, a quadra foi reformada tornando ainda mais agradável participar dos eventos e ensaios promovidos pelo Consulado. A escola também inovou trazendo para animar seu pré-carnaval de 2006 os grandes intérpretes do carnaval carioca, eventos que foram um grande sucesso e entraram pro calendário de eventos vermelho e branco.

No ano de 2006, com o enredo “Praça XV Onde Tudo Acontece” foi conquistado o 5º título da escola, fruto de muito trabalho e dedicação da diretoria e membros da escola. A largada para o carnaval 2007 já foi dada rumo ao tricampeonato. O enredo será “Vinte Luas de Esperança, Vinte Luas de Saudades... Das Matas da Babitonga ao Velho Mundo!”.

Com a missão de conquistar o tricampeonato, o Consulado desfilou com o enredo “Vinte Luas de Esperança, Vinte Luas de Saudades, das Matas da Babitonga ao Velho Mundo” e atingiu o objetivo. O sexto título da Escola veio num desfile emocionante.

Nessa linda trajetória de 16 desfiles, o GRES Consulado conquistou 6 títulos. Se considerarmos os 31 anos de existência do Consulado, são16 títulos: dez enquanto bloco e seis como escola de samba. E o GRES Consulado continua firme no propósito de conquistar mais títulos do Carnaval de Florianópolis!"
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FONTE : http://www.gresconsulado.com.br/

"PASSARELA NEGO QUIRIDO" - FLORIANÓPOLIS


FOTO : estrutura da "Passarela Nego Quirido", no Centro de Florianópolis, por onde vão desfilar as escolas de samba.

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (7)


Festa de Momo ao som da black music
Norte-americano Ja Rule faz o público agitar na batida do rapper em pleno Carnaval, hoje, em Florianópolis

Ele não mede palavras, já foi preso por tráfico de drogas e nos seus clipes adora fazer o estilo bandidão cercado de gostosas e carrões. Este é Ja Rule o rapper nada politicamente correto que faz show hoje à noite, a partir das 23h, na Pacha Floripa.

Estrela da black music, Ja Rule ou Jeffrey Atkins tem 33 anos e uma carreira consolidada no mundo. Ele não foge à regra da maioria dos rappers. Aos 15 anos, fugiu da escola e se envolveu com o tráfico de drogas por sete anos, até que seu vizinho Irv Gotti criou o selo Murder Inc. e o contratou, em 1998.

Ja Rule vendeu mais de 25 milhões de discos pelo mundo, além de ter vencido três prêmios Grammy. Em três anos de carreira, tornou-se a maior estrela da gravadora com três álbuns de platina e mais de 10 músicas nas paradas de sucesso. Além disso, ele já participou de 10 produções cinematográficas em Hollywood.

Entre os maiores sucessos da carreira de Ja Rule, estão os singles I’m Real (com participação de Jennifer Lopez), Always On Time, Mesmerize, Wonderful (com participação de R. Kelly e Ashanti), Livin’ it Up e Put It On Me.

Autêntico como poucos – o que muitas vezes lhe rende críticas pesadas – Ja Rule diz que ama tocar para “sua gente” mas também gosta de ganhar dinheiro. No seu entendimento não há porquê ficar lutando contra o governo.

– Em vez de lutar, eu ganho dinheiro deles. Sexo vende. É só assistir à TV no Brasil. O que se vê? Bunda, peito. E o funk do Rio de Janeiro, o que é? O que eu poderia fazer? Ficar detonando o Bush? Ninguém liga, as pessoas só querem relaxar, elas elegeram o Bush duas vezes! Eu tenho que cuidar é de mim! – disse em entrevista publicada no seu site.

Para ele, as pessoas não querem ouvir falar de política, querem músicas que as façam mexer o traseiro, dançar, relaxar. E aconselha aos artistas a não ficarem sentados vendo a vida passar, fazendo protesto. É preciso pagar as contas, dar comida aos filhos.
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FONTE : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (6)


A Copa Lord, campeã 2008, entrou linda na passarela. Sua comissão de frente “Serapis e o Nascimento da Estrela da Luz” anunciava um grande desfile. Mas o carro “O Panteão dos Deuses – Plenário das Contradições – Berço de Catarina” deu um susto e colocou a harmonia em apuros: o carro não conseguia seguir em linha reta, indo em direção às laterais.

O problema começou já na concentração, mas foi próximo das cabines dos jurados e na saída da passarela que o temor cresceu. Correria, desespero, choro. Foi preciso força para fazer o carro voltar para o meio da pista. Enquanto isso, alas ficaram quase que paradas, com prejuízo para a evolução. Nota 10 em harmonia e evolução em 2008, a escola pode perder a chance de conquistar o bicampeonato.
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FOTO : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (5)


FOTO : desfile exuberante da Unidos da Coloninha.
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Há 13 anos sem título e vários deles sem fazer uma boa apresentação, a Unidos da Coloninha fez um desfile surpreendente. O carnavalesco Beirão conseguiu transformar um enredo complexo – falar da história com uma visão futurística – em um espetáculo. Foram 3.548 componentes, com 178 deles na bateria.

Fantasias com excelente acabamento, carros com grandes esculturas e movimento, alas bem montadas, harmonia atenta, bateria do Mestre Dú da Cuíca com uma linda apresentação, entre outros, devolvem à Unidos da Coloninha o que ela não desaprendeu fazer: desfiles. A escola sentiu isso e deixou a Nego Quirido diferente dos últimos anos, quando sua torcida sequer aparecia para a apuração. Saiu confiante de que, hoje à tarde, estará na passarela.
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FOTO : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (4)


FOTO : festa gay espera reunir 100.000 pessoas no centro de Florianópolis.
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A maior atração carnavalesca de hoje em Florianópolis é o 16º Concurso Pop Gay. O evento será realizado em novo palco este ano, a Praça Tancredo Neves, no Centro. O comando desta edição da festa ficará a cargo da drag queen Silvetty Montilla e o show será de Leo Granieri.

Transferido da Avenida Hercílio Luz para a praça localizada em frente ao Tribunal de Justiça, o Pop Gay ganha espaço mais amplo, tanto para a passarela por onde desfilam os candidatos e os artistas quanto para o público.

Muito papel picado, raios laser, luzes e cores darão brilho à festa da escolha das misses Beauty Queen, que premia a mais elegante das candidatas, e Drag Queen, que elege a mais caricata entre as concorrentes. As inscrições para o concurso podem ser feitas até uma hora antes do início do evento, programado para as 21h, e estão limitadas por categoria.

Na categoria Beauty Queen, os jurados vão analisar os itens beleza, fantasia e performance durante o desfile. Para a Drag Queen serão levados em conta a caracterização, a fantasia e a performance na passarela. Os primeiros colocados em cada categoria receberão o troféu Roberto Kessler, além de R$ 2 mil em prêmio, faixa e coroa.

Durante o Pop Gay, serão homenageadas pessoas e entidades que contribuíram para dar visibilidade à comunidade GLBT em Florianópolis, destacando-se na defesa dessa minoria e no combate ao preconceito contra os homossexuais.

Elas também vão receber o troféu Roberto Kesller, que leva o nome do jornalista, morto em 1999, e que por muitos anos foi o apresentador do evento.

No ano passado, o Pop Gay reuniu cerca de 50 mil pessoas na Avenida Hercílio Luz – um recorde de público –, o que levou à organização do evento a buscar outro espaço nas imediações para garantir mais conforto e segurança.

O público do Pop Gay 2009 vai se divertir ao som de dance music com Leo Granieri. Músico há mais de 10 anos, cantor, compositor e pianista, Leo começou a carreira como tecladista e depois passou à função de vocalista, apresentando-se nas melhores casas noturnas de São Paulo.
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FONTE : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (3)


FOTO : comissão de frente da Consulado.
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As fantasias continuam sendo um diferencial da Consulado, das sapatilhas às cabeças. Material de primeira e acabamento idem mostram o trabalho dos valiosos Raphael Soares, carnavalesco, e Dona Iraci Machado Goulart, costureira (e sua equipe).

Vice-campeã de 2008, a escola fez um desfile bonito. Porém, o samba não ajudou a empolgar o público e mesmo alguns componentes, que não cantaram. Possivelmente, gente que chegou na última hora e não participou dos ensaios. No ano passado, quando perdeu o título por um décimo, foi penalizada no quesito evolução. O esforço era para não deixar isso ocorrer de novo.
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FONTE : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (2)


FOTO : dona Celestina dos Santos, 83 anos.
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No final do desfile da União da Ilha, os holofotes voltaram-se para uma rendeira moradora da Lagoa da Conceição, 83 anos de idade. Celestina dos Santos, conhecida como Santinha na comunidade, veio fazendo renda no último carro da escola.

– Adorei, todo mundo me aplaudiu – disse, sorridente, ao deixar a passarela.

Santinha contou que é viúva quatro vezes e que o quinto marido estava em casa, assistindo-a pela televisão.
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FONTE : DC - edição de 23/02/2009

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS, 2009 (1)


FOTO : passista da "Uniãoda Ilha da Magia" que fez sua extréia este ano.
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Os desfiles na noite de sábado foram um crescente. A União da Ilha da Magia abriu a apresentação sob chuva e fez um desfile simples e dentro das limitações impostas pelo fato de ainda estar se formando como escola de samba. Levou para avenida um único casal de mestre-sala e porta-bandeira, Guga e Natália, e dependeu muito da ajuda de Chopp, coordenador-geral de Harmonia.

Pela contagem oficial, a escola da Lagoa da Conceição levou 2.057 componentes. Todos eles cantavam o samba, repetindo o que a União da Ilha da Magia havia feito quando abriu a série Ensaio Geral no entorno da Praça XV. No final do desfile, o intérprete Marcelo Perna fez agradecimentos para a comunidade da Lagoa e disse que a escola já pensa no Carnaval 2010.
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FONTE : DC - ediçãode 23/02/2009

VÔO LIVRE NA PRAIA MOLE - Florianópolis




Fotos : Nei Eugênio Maldaner
Foto de James/Vera Maria : Séginho da Nadir
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Situada entre a Lagoa da Conceição e a Barra da Lagoa, na costa leste da Ilha de Florianópolis, em Santa Catarina, a Praia Mole é uma boa pedida para o vôo livre. Segundo Aluísio Sarmento, o Paulista, da Escola de Vôo Livre Parapentesul, o vôo da Praia Mole é feito do quadrante leste, sul, e nordeste, de lift. "É um vôo de dinâmica, ou seja, o vento bate no morro e a pessoa fica voando só na sustentação desse vento", explica.

Paulista afirma que por ser uma praia, o local não apresenta muitas térmicas, e por isso o lift é a melhor forma de voar. Isso ocorre pois como o local é na beira da praia, não há muita ação de térmica devido à água, que custa a esquentar. "Já na lagoa, às vezes tem ação de térmica, por causa do asfalto, das casas, etc.", diz.

São dois morros, um com 120 m, em que os vôos são feitos do lado direito(nordeste) e outro com 80 metros, com vento sul e leste. Ele garante que a baixa altitude não atrapalha o vôo. "Dá para pegar o vento e subir a 150 metros", afirma o instrutor, que pratica o esporte há 7 anos.

De vez em quando, quando há Lua Cheia, ele e os colegas fazem um vôo noturno, o chamado "Vôo das Bruxas". Segundo ele, o vôo, mais técnico, não é recomenado para acompanhantes. "É meio arriscado levar uma pessoa", diz. Os vôos duram até 3 ou 4 horas, enquanto houver vento, tanto durante o dia como na noite.

A decolagem é feita em rampa natural, um gramado, sendo feita uma decolagem por vez. O pouso geralmente é feito na praia, mas para os pilotos com mais prática, pode ser feito na própria rampa, pois o parapente é mais dirigível e lento. A melhor época para se voar no local é no verão, especialmente entre outubro e abril.
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FONTE : Aluísio de Morais Sarmento, 40 anos, instrutor de parapente
Florianópolis - SC
Parapentesul - Escola de Vôo Livre

NATURISMO NA PRAIA DO PINHO, Camboriu


PRAIA DO PINHO, Camboriu


Situada a 9 quilômetros do centro de Balneário de Camboriú, a praia do Pinho é o primeiro reduto naturista oficial do Brasil. Com 450 metros de extensão, divididos entre uma área própria para casais e famílias e outra para pessoas desacompanhadas, a praia é cercada por costões, possui camping, pousada, restaurantes e bares.

PRAIA DO SANTINHO, Florianópolis


A Praia do Santinho fica a apenas 40 km do centro de Florianópolis e possui águas claras, encostas preservadas e areias branquinhas e limpas.

Apesar de ter apenas 2,2 km de extensão, Santinho agrada a todos os gostos. O recanto é um excelente convite para o descanso e a tranqüilidade, além de reunir surfistas que procuram as ondas longas e fortes , que por conta de seu forte repuxo, não são indicadas para banhistas. Mas os amantes da natureza não vão ficar de fora. A região apresenta uma reserva de inscrições rupestres que datam de cerca de cinco mil anos. Um paredão preto, de quase três metros quadrados, guarda desenhos de figuras humanas e símbolos.

RUA FELIPE SCHMIDT, Florianópolis - (11)



FOTO : Vera Maria na entrada da rua Felipe Schmidt, em foto tirada da Praça XV.

RUA FELIPE SCHMIDT, Florianópolis - (10)


FOTO : rua decorada para o Carnaval de 2009.
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A denominação da rua é uma homenagem a Felipe Schmidt (Lages, 4 de maio de 1859 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 1930), político brasileiro, filho de Johann Philipp Schmidt e Felisbina Michels.

Foi presidente do Estado de Santa Catarina por duas vezes, de 28 de setembro de 1898 a 28 de setembro de 1902 e de 28 de setembro de 1914 a 28 de setembro de 1918.

Foi senador por Santa Catarina durante o intervalo de seus dois governos, e também do final de seu segundo governo, até falecer.

Era primo-irmão de Lauro Müller, que o sucedeu no seu primeiro mandato no governo do estado.

RUA FELIPE SCHMIDT, Florianópolis - (9)


FOTO : rua Felipe Schmidt, na década de 1930, antes do alargamento.
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O Senador – Alcides Hermógenes Vieira, elegante, impecável em seus ternos de linho branco, foi o personagem mais importante da história do Ponto Chic, ainda que pelo café tenham passado presidentes e candidatos a presidente da República. Conhecido como “Senador”, funcionário público, gozador emérito, entrou para a galeria dos tipos inesquecíveis da Rua Felipe Schmidt e adjacências pela irreverência com que abordava os mais diversos temas. Entre seus companheiros prediletos dos últimos anos estavam o jornalista José Hamilton Martinelli, Hercília Catarina da Luz (filha de Hercílio Luz e dona do cartório Luz), Cláudio Morais, entre outros. Com Martinelli (Martina) difundiu algumas das melhores histórias do folclore ilhéu.

Lurdes da Loteria – “Vai um bilhete da Federal, engenheiro agrônomo?”. No outro dia, o mesmo personagem abordado poderia ser médico, deputado, jornalista, qualquer coisa que viesse à cabeça de Lurdes da Loteria, uma personagem inesquecível da Rua Felipe Schmidt, ao longo de mais de 20 anos. Sempre bem vestida, séria, muitas vezes com uma renda prendendo o cabelo – o que lhe dava a aparência de uma evangélica ortodoxa –, Lurdes vendeu seus bilhetes para anônimos passantes, políticos, empresários, sem que se saiba se alguém, algum dia, conseguiu abiscoitar um “grande prêmio”. A vendedora morreu vítima do incêndio de sua casa de madeira.

O homem do Globo – Nos anos 60 e 70, outro figuraço que circulava pela Felipe Schmidt, sempre vestido de macacão azul, cigarro no canto da boca, era Ademar, o “homem do Globo”. Seu grito (“O Glooobôôô!!!”) era inteiramente integrado à paisagem humana do lugar, num tempo em que a leitura do jornal carioca era considerada fundamental para a atualização dos ilhéus, fato que justificava por inteiro a existência de um jornaleiro exclusivo.


Felipe Schmidt – Curiosidades

· A Igreja de São Francisco, na esquina com a Rua Deodoro, é o prédio mais antigo da Rua Felipe Schmidt, inaugurado em 1815. Nos fundos da igreja, ficava o cemitério da irmandade que administrava o templo católico. Desativado, o terreno foi adquirido pelo político Aderbal Ramos da Silva, que construiu em seu lugar o Centro Comercial ARS. (*)

· O Lux Hotel foi construído por volta de 1945, constituindo-se em um dos mais importantes estabelecimentos do gênero em Florianópolis, abrigando políticos e outras personalidades que visitavam a capital. Em seu térreo instalou-se o café Ponto Chic, cujo proprietário mantinha o Café Quidoca, num sobrado ao lado.

· Em frente ao Lux, havia a Confeitaria do Chiquinho, cujo prédio durante muitos anos abrigou a Lojas Arapuã e foi restaurado recentemente pela Livrarias Catarinense. O Chiquinho era um dos pontos de encontro mais imponentes de Florianópolis, famoso pela qualidade de seus quitutes.

· Próximo ao Largo Fagundes, hoje Praça Pio XII, havia uma casa noturna chamada Hemorragia, onde muitos homens dos anos 50 faziam suas “despedidas de solteiro”, naturalmente que muito bem acompanhados pelas meninas da boate.

· Um pouco acima, próximo à esquina com a Rua Bento Gonçalves, funcionou durante alguns anos a Boate Paineiras, que reunia a juventude dos anos 70.

· Entre os bares, destacavam-se o Alvorada, reduto da boêmia que existiu até a década de 70, e o Nipon, uma pastelaria que oferecia a antológica “cachamel”, uma caipirinha de mel servida em copos do tipo “martelinho”.

· O Café Nacional, também na primeira quadra, era conhecido como o “café dos políticos” nos anos 50.

· Duas emissoras de rádio funcionaram durante anos na Rua Felipe Schmidt: a Diário da Manhã, no edifício Comasa, e a Santa Catarina, no edifício Zahia.

· Quando morria alguém conhecido, os amigos pregavam um aviso na parede de mármore do Ponto Chic. A tradição se manteve até poucos anos.

· No final da Rua Felipe Schmidt, que era a saída da cidade, funcionou durante décadas um dos primeiros postos de gasolina da cidade, ao lado do mais tradicional restaurante de Florianópolis, o Lindacap, destruído por um incêndio há dois anos e reconstruído há poucos meses.

· A Livraria Record, existente na esquina com a Trajano, é o único estabelecimento da rua que mantém sua atividade original. Chamava-se Livraria Central, na década de 30, quando houve o alargamento e era de propriedade de Alberto Entres.
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FONTE : CARLOS DAMIÃO, jornalista e poeta, que mantém um blog intitulado "Identidade Catarinense" no qual ele valoriza SC, sua história e sua gente.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (8)


RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (7)


“A cidade passava por ali”. A frase do jornalista Aldírio Simões, colunista do ANcapital, define com perfeição o significado da Rua Felipe Schmidt para Florianópolis, pelo menos até os anos 80, quando a cidade ainda respirava o clima de província e não havia sido inteiramente invadida. Passar por ali significava saber das últimas, conferir se alguém morreu, palpitar sobre quem ganharia a eleição, falar mal da vida alheia.
É importante separar a rua em três partes: a primeira quadra, entre a Praça 15 de Novembro e a Trajano, a segunda, entre esta última e a Jerônimo Coelho, e a terceira, da Jerônimo Coelho até o final, nas proximidades da Ponte Hercílio Luz, onde havia o antigo bairro do Estreito (insular). São três ruas diferentes e foi sempre assim, desde o século 19, quando Florianópolis começou a crescer no sentido Oeste. Embora a Conselheiro Mafra, por causa do comércio, tenha sido a mais importante da capital até o início do século 20, mais tarde a Felipe Schmidt acabou se transformando na principal da cidade. Não só principal, mas também a mais charmosa, elegante, freqüentada e observada.
Sua origem remonta ao século 18, embora tivesse pequena extensão, indo até as imediações da atual Praça Pio 12, onde está hoje o estacionamento subterrâneo, ao lado das Lojas Americanas. O primeiro nome registrado, conforme o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral, foi “Rua da Fonte do Ramos”, numa referência à fonte de água que brotava no local, depois chamado de Fonte da Carioca e Largo Fagundes.
Mais tarde, por causa dos moinhos de beneficiamento de arroz que os açorianos mantinham na região, foi denominada Rua dos Moinhos de Vento. A esse nome seguiu-se o de Rua Bela (1817), Rua Bela do Senado (1865), Rua do Senado e Rua da República (1889). Felipe Schmidt seria uma homenagem ao governador catarinense que, na década de 10 do século 20 conseguiu resolver “a velha questão de limites com o Paraná” (segundo Cabral).
Até a década de 1920, a rua conservava seus traços arquitetônicos, tipicamente coloniais, segundo a arquiteta Eliane Veras da Veiga, em seu livro “Florianópolis: Memória Urbana”. Em 1926, foi inaugurada a Ponte Hercílio Luz, que daria um novo perfil urbano para a capital, tirando a Ilha de Santa Catarina do isolamento em que se encontrava até aquele ano. A Felipe Schmidt passou a ser, então, a principal via de acesso do centro da cidade até a ponte, uma vez que o principal obstáculo – o cemitério municipal – havia sido removido um ano antes. A cidade crescia, aumentava o número de automóveis e era preciso prepará-la para os anos seguintes. Por causa disso, o então prefeito Mauro Ramos decidiu pelo alargamento da via, que até então mantinha as características originais, equivalentes às ruas Tiradentes e Fernando Machado de hoje.
O registro do pesquisador Adolfo Nicolich, em seu livro “Ruas de Florianópolis”, aponta o ano de 1928 como o do início das obras que poriam abaixo uma quantidade não identificada de casas térreas e sobrados típicos da arquitetura portuguesa e açoriana. “Vários cortes alteraram seu perfil”, registra Eliane Veras da Veiga. “Foi largada por volta da década de 30, o que provocou uma modernização edilícia, afastando-a de sua velha aparência colonial. Os prédios mais antigos tiveram de ser demolidos, ao exigir-se um recuo; outros tiveram suas fachadas reformadas, adotando uma decoração eclética. Alguns especialmente construídos por grandes e tradicionais firmas comerciais da cidade, passaram a adotar linhas similares, caracterizando visual próprio da empresa. Tais prédios podem ser observados ainda hoje”.
A segunda grande transformação da rua aconteceu a partir de 1976, quando foi concluído o calçadão, uma decisão do então prefeito Esperidião Amin, inspirada no modelo curitibano. Amin previu a explosão populacional da cidade e, após estudos técnicos, determinou o fim do reinado do automóvel, no trecho entre a Praça 15 de Novembro e a Rua Álvaro de Carvalho. Até porque, àquela altura, com a inauguração da segunda ponte – a Colombo Salles –, o uso da Felipe Schmidt como via de acesso à Ponte Hercílio Luz perdera importância. Dois anos antes, eram comuns os engarrafamentos que iam justamente da praça até a ponte, por causa do volume de tráfego."
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FONTE : Texto de Carlos Damião - Publicado em A Notícia (AN Capital), outubro de 2002

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (6)

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (5)

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (4)

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (3)

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (2)


Calçadão da rua Felipe Schmidt.

RUA FELIPE SCHMIDT - Florianópolis (1)


A Rua Felipe Schmidt, inicialmente chamada de Rua da República, foi construída no início do século XX, e era usada como ligação entre a Praça XV de Novembro e a Ponte Hercílio Luz. Era o ponto de encontro dos moradores, que se reuniam para saber das novidades. A Rua Felipe Schmidt foi transformada em calçadão em 1976, e onde hoje encontra-se boa parte do comércio da capital. É sem dúvida um dos lugares mais movimentados da cidade, andando pelo calçadão repara-se que muitas casas aindam conservam a arquitetura original.

Como chegar: Saindo do Mercado Público, à uma quadra para trás e dobrando à esquerda se inicia o calçadão.

Localização: Centro de Florianópolis. Próximo ao Mercado Público.

A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (6)


A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (5)


A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (4)


A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (3)


A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (2)


A FIGUEIRA DA PRAÇA XV - Florianópolis (1)