No dia 6/abril/2011, com imensa alegria,recebi este e-mail da grande amiga Maria Cristina, ex-colega de MANECO e filha do Dr. Prof.Francisco Álvares Pereira, que foi prefeito de Santa Maria em 1965. O email consta de um preâmbulo (feito pela própria Cristina), cópia do primeiro plano diretor de Santa Maria e depois um discurso visionário do pai dela. Reproduzo, didaticamente dividido em 3 partes, para que se registre para a pífia memória da cidade.
Na primeira parte, coloco na íntegra o e-mail da Cristina, que foi minha colega de sala nos 3 anos do então chamado Curso Científico (hoje, Ensino Médio)do Colégio Estadual Manoel Ribas, o popular MANECO, considerada à época a "escola padrão do Rio Grande do Sul".
Com muito carinho lembro das nossas aulas, nossas festas e reuniões dançantes, nossas horas de estudo na sua casa (situada em frente ao Hospital de Caridade),o grande churrasco de despedida na Estação Experimental de Silvicultura de Boca do Monte, época das nossas escolhas profissionais e sentimentais. Hoje, ao escrever a história do MANECO de nosso tempo (está numa postagem deste blog), constanto os que acertaram, os que se equivocaram, os que fazem sucesso, os que morreram. E também os que magicamente sumiram para sempre. E também os que ressucitaram.
(NOTA DE JAMES PIZARRO)
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James,
já deves ter percebido que a memória e o significado das coisas são essenciais para mim. Sabendo como te interessas por ecologia e prevenção de catástrofes urbanas e ambientais, não poderia deixar de te mandar esse discurso (há dias achei nos meus guardados) de meu pai, e que mal e mal se pode ler na escaneada meia-boca que fiz. Ele não foi publicado n'A Razão, mas no outro jornal (o de "esquerda"), do qual não lembro o nome, e não o anotei no meu recorte (o entortamento profissional ainda demoraria). Mas ainda estávamos em 1963.
Queria te lembrar, também, que o pai foi o autor do 1º Plano Diretor de Santa Maria (http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/548522/lei-1370-69-santa-maria-rs), ao virar, por acaso, Prefeito de Santa Maria, porque seu maior amigo, o Dr. Miguel Meirelles, condicionou a aceitação do cargo apenas se meu pai fosse seu vice (os militares não queriam meu pai, e meu pai, como eu, gostava de trabalho, não de berlinda, e era um homem de mente aberta - podes ver isso no discurso; uma hora te conto a reforma agrária particular que ele fez com os empregados mais chegados da fazenda), e deu no que deu: Tio Miguel (além de amigo da família, era meu pediatra) foi convidado para a Secretaria da Fazenda no governo Meneghetti, e meu pai, de uma hora para outra, "estava" prefeito. Mais detalhes, te conto noutra hora. Se estivesse vivo, e se aceitasse um cargo de prefeito agora (porque era um homem da pólis, mas já reclamava, na época, dos meandros da política que então se fazia; imagina agora!), não te chamaria de catastrófico no caso dos morros de Santa Maria, ou sequer haveria o caso dos morros de Santa Maria, pois certamente ele já teria tomado uma providência.
Se te interessares e quiseres, podes postar o discurso, e até este e-mail que estou te escrevendo, com a condição de que meu endereço eletrônico não seja publicado, para evitar invasão de privacidade, spams e esse lixo todo proveniente dos "sem loção" que pululam na rede...
Até outra!
com beijinhos de tua amiga e colega de "priscas" eras
Cristina
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