segunda-feira, 11 de julho de 2011

ENDIVIDAMENTO: O PERIGO RONDA A SUA PORTA ! - Carlinhos Costa Beber

Já escrevi e falei bastante, a respeito do perigo que ronda a vida de quem está endividado.
Vejam bem: estou me referindo a dividas geradas no dia-a-dia das familias, ao contrário daquelas que são contraidas para aumentar o patrimônio, como a compra de um bem imóvel, ou mesmo de um veiculo.
Tenho conversado com amigos importantes, e que tem acesso a informações s/ o crescente grau de endividamente das pessoas, e chego a conclusão que alguma coisa tem de ser feita.
Sinto que está faltando orientação; sinto que para todas as familias seria interessante assistirem a palestras s/ ORÇAMENTO DOMÉSTICO.
Posso citar alguns exemplos:
* Pagamento de juros na compra de móveis e eletrodomésticos. Pouca gente faz a conta, do elevado juro que está pagando em todas as parcelas.
* O brasileiro assalariado, via de regra, se preocupa com o valor da prestação, na hora de optar por um bem, e "não dá bola" para o juro embutido.
* Os apelos de marketing das empresas, estimulam a compra por impulso, a compra sem necessidade, o supérfulo. É impressionante o que se gasta
com supérfulos.
E as grandes redes, dispõem de sistemas de controle s/ a disponibilidade de crédito de seus clientes, para induzí-los a compra adicional, sempre
que aparecem em suas lojas para o pagamento dos carnês. Abram o olho, gente !!!
* O CARTÃO DE CRÉDITO é uma facilidade da vida moderna, mas é um inimigo mortal do orçamento doméstico. O efeito psicológico de ter a
disponibilidade de crédito na hora de comprar, é um perigo terrivel. Por isso, o ideal é se pagar as compras do dia-a-dia, com dinheiro vivo. O
impacto psicológico de tirar o dinheiro da carteira, faz a gente pensar duas vezes antes de efetuar uma compra.
* Outro inimigo poderoso são os BANCOS. O gerente, sempre está disponivel para "resolver o nosso problema financeiro". Se você está com o
saldo devedor, ou com o cartão de crédito estourado, logo surge a proposta para fazer um empréstimo para "tapar os buracos", com a desculpa
de que o juro a ser pago é muito menor.
E aí começa a nova ciranda, que se não for bem administrada, só tenderá a piorar as coisas.
* Outro perigo, são as autorizações para desconto em folha. Só quem ganha com isso são os credores, pois a inadimplência "cai para zero".
* A oferta de crédito fácil, sem consulta ao SPC e sem maiores exigências de comprovantes, corregam junto um juro abusivo; impagável.
* A história de 10, 12 vezes sem juros, é outra armadilha, pois é obvio que o juro está embutido no preço do produto. Por isso é interessante, se
for parcelar nessas condições, solicitar o valor liquido da divida, se quiser quitar antecipadamente....
* O pagamento de aluguel para morar, é um desperdicio de dinheiro que voa pela janela. Por isso, que os programas do governo para a aquisição da
casa própria são muito oportunas
Enfim, poderia me alongar nessa questão, pois vejo que está crescendo o nivel de endividamento das pessoas. E dívida, "acaba com a vida da
gente", prejudica a qualidade de vida de toda a familia; é um desastre, se mal administrado.
Sou um defensor do financiamento para a compra da casa própria, e também para a compra de um veiculo ou de um consórcio. São formas de se poupar para aumentar o patrimônio.
Como prova, basta citar quantas e quantas vezes a gente começa a aplicar numa caderneta de poupança, e depois de alguns meses, por qualquer motivo, sacamos o dinheirinho acumulado. É chegada do Natal, são as férias, e assim por diante. Sempre há um motivo para se sacar a grana depositada.
Mas por outro lado, se a gente tem um compromisso financeiro que resulte num aumento de patrimônio, "vai-fazer-das-tripas-coração", para honrar o compromisso.
Assim é que funciona o ORÇAMENTO FAMILIAR. Gasta-se o necessário, e o resto será aplicado na poupança. Assim, se poderá comprar os bens duráveis À VISTA.
Já conversei com o Prof. José Maria da Unifra, para fazermos uma primeira palestra s/ Orçamento Familiar, para os militares da Base Aérea. Faz parte da minha missão, sensibilizar as pessoas a valorizarem os seus salários, e viver cada vez com mais qualidade de vida e dignidade.

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FONTE : o autor é o Dr. Carlos Costa Beber, meu amigo e colega de UFSM, Santa Maria, RS, professor do Curso de Administração e articulista do jornal A RAZÃO, daquela cidade.

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