segunda-feira, 16 de abril de 2012

QUARTO ENCONTRO DE GRADUADOS EM SANTA MARIA, RS

Para o tratamento e manejo adequado visando atingir uma abstinência total da droga existem, com resultados de grande sucesso, as comunidades terapêuticas, chamadas popularmente de "FAZENDAS". Nestes locais, sob s supervisão de coordenador terapêutico, monitores, sacerdote e colaboração de de nutricionista, médico, dentista e equipe que trata da "Espiritualidade" dos internos, os dependentes ficam - dependendo do tipo de fazenda - um ano internados, cumprindo a tríplice motivação "oração - trabalho - disciplina".

As fazendas surgiram sob a orientação e experiência do Pe. Haroldo, que criou em Campinas, SP, a primeira instituição nesta área. A Igreja Católica deu grande apoio criando a PACTO - Pastoral de Auxílio ao Toxicômano. (OBS :  hoje existem centenas de comunidades deste tipo criadas sob outras orientações, mas com a mesma finalidade).
Em Santa Maria, no interior do RS, o grande bispo (infelizmente já falecido) dom Ivo Lorscheider deu grande apoio a esta causa e criou a PACTO e com dinheiro conseguido de países europeus construiu uma comunidade terapêutica, localizada em Ivorá (município vizinho a Santa Maria e distante deste  cerca de 30 kms), chamada "FAZENDA DO SENHOR JESUS", tida  como uma das fazendas modelos do país.

Para quem está entrosado no movimento sabe que se utiliza o termo "GRADUADO" para aquele dependente químico que completou o tratamento de um ano (no caso da Fazenda do Senhor Jesus), cumprindo todos os requisitos quando à disciplina, trabalho, oração. Enquanto isso, sua família recebeu total apoio da PACTO se reuniu semanalmente para estudar o programa dos "12 passos", onde aprendeu como se comportar com o dependente depois que ele sair da fazenda (isto é, depois da sua "graduação").

Periodicamente, os graduados que não estejam "recaídos" (isto é, que não voltaram ao uso da droga) se reunem em Santa Maria  e, durante 3 dias, fazem o seu "Encontro", com palestras, depoimentos, corais, missas, pregações, etc...

Deus me deu a oportunidade de colaborar voluntariamente com a PACTO de Santa Maria,junto com minha esposa,  onde fiz parte da equipe de Espiritualidade : durante cerca de 10 anos, toda sexta-feira  eu passava a tarde na Fazenda do Senhor Jesus, fazendo a pregação  e explicação de trechos bíblicos adaptados aos "12 Passos" e à recuperação dos internos.

Sempre sou convidado para ser palestrante nos encontros que são realizados. Assim é que, nos dias 20, 21 e 22 de abril  de 2012 será realizado em Santa Maria o "IV ENCONTRO DE GRADUADOS", ao qual comparecerão cerca de 500 pessoas, das mais variadas idades, que fizeram seu tratamento e não recaíram. O lema deste quarto encontro é "Não há recuperação sem conversão".  O encontro será realizado nas dependências do Instituto (Seminário) São José, na faixa Santa Maria-São Sepé.

Embora morando em Florianópolis já há mais de 4 anos, generosamentge fui mais uma vez convidado para fazer  a última palestra do dia 21/abril (sábado), às 16 horas.
No mesmo dia, pela parte da manhã falarão Maurício Landre, da FEBRACT, Campinas, SP (tema : "Prevenção e recaída") e o Cel. Brasil, da Pacto de P. Alegre (tema : Reunião 12 Passos"). No domingo, haverá ainda a palestra  de Ricardo Valente, de Pelotas, RS (tema : "Graduei, e agora ?"). No primeiro dia, sexta-feira, haverão as atividades de praxe (recepção, credenciamento,janta, abertura do evento e a apresentação da "Banda Amor à Vida", de Cruz Alta).

Se algum graduado estiver lendo esta crônica e quiser informações sobre como participar, favor entrar em contato com as seguintes pessoas :
Marcus Picada (55.9631.1328), Sérgio Ribeiro (55.8415.1299), Hélio Machado (55.99791932), PACTO de Santa Maria (55.3028.6060, mandar chamar Sérgio Ribeiro).

Que Deus abençoe a todos os participantes, pois se trata de uma obra gigantesca, qual seja a de recuperar vidas e homens, capacitando-os novamente a uma existência feliz e digna.

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AUTOR : James Pizarro, Florianópolis, SC

2 comentários:

José Luiz Sardá disse...

CONSIDERAÇÕES SOBRE O NOVO PLANO DIRETOR DE FLORIANÓPOLIS
A Constituição da República de 1988 prevê em seu título VII, Capitulo II, denominando “Da Política Urbana” e nos artigos 182 e 183 que dispõem que a Política de Desenvolvimento Urbano; que esta será executada pelo poder municipal, tendo como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais das cidades e garantir o bem-estar de seus habitantes.

O plano diretor tem por finalidade normatizar o uso e ocupação do solo, elemento essencial para uma cidade planejada, visando ao desenvolvimento de todas as atividades urbanísticas, de forma sustentável e permanente. Quando não há uma política de desenvolvimento urbano, ocorre a ocupação desordenada. E esta situação vem acontecendo ao longo dos anos na região norte da ilha de Santa Catarina.

Entre 2006 a 2009, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis - IPUF - realizou diversas audiências públicas nos distritos com objetivo de pontuar as necessidades de cada região. Após exaustivas discussões com o Núcleo Gestor Municipal do Plano Diretor Participativo, hoje, a prefeitura extinguiu o Núcleo Gestor.

O estudo do anteprojeto de lei do novo plano diretor apresentado pela prefeitura tem 373 artigos, que propõem a nova cara para a cidade e discutem questões básicas como: saneamento, crescimento urbanístico, mobilidade, ocupação do solo e preservação ambiental.

Contudo, na região norte da ilha percebe-se que não há um entendimento entre comunidade organizada e prefeitura, pois parte dos estudos, debates, encaminhamentos e aprovações colocadas pelos representantes distritais do núcleo gestor não foram incluídos no projeto apresentado recentemente pela prefeitura.

O novo plano prevê ainda a criação da Agência de Desenvolvimento Urbano de Florianópolis, que busca a inovação aos estudos para uma cidade melhor, seguindo as diretrizes do Estatuto das Cidades.

Penso que as leituras comunitárias dos núcleos gestores devam ser amparadas por uma leitura técnica sob a orientação do conselho das cidades. Há de se considerar que num plano diretor sempre haverá conflitos e necessidades de atualizações.

Haverá ainda quatro audiências públicas temáticas por região e por último a grande discussão na câmara de vereadores para a efetiva aprovação do novo Plano Diretor de Florianópolis. E, para tanto, é necessário a presença e participação de todos os cidadãos preocupados com o futuro da nossa cidade.


José Luiz Sardá – Geógrafo e morador de Canasvieiras

Tatiana Russo de Campos - Escritora disse...

Parece mesmo ser um lindo e útil humanitário trabalho... de emocionar mesmo!