quinta-feira, 23 de abril de 2015

ÁLCOOL E DROGAS - Pe. HAROLDO

Nossa visão: Um mundo sóbrio. Nossa missão: Estudar. Vamos ver uma maneira de meditar sobre álcool e drogas. Cada vez mais drogas para cada vez menos prazer.
A ironia perversa das drogas: é claro que droga dá prazer, se não ninguém usaria pela segunda vez. Logo de cara sofrem efeitos colaterais, ruins e suficiente para evitar qualquer desejo.
Quem fuma o primeiro cigarro de maconha pode ter efeito violento. Outra pessoa com uso prolongado começa a ter crises de paranoia suficiente para cortar o barato de qualquer um. Na outra face da moeda, maconha para alguns dá o prazer como dá o sexo e uma boa comida. Depende como o cérebro reage.
Cocaína, álcool, nicotina e maconha agem diretamente sobre o “sistema de recompensa” do cérebro aumentando a quantidade de dopamina. Dopamina circulando nos neurônios podem chegar dez vezes mais do que em estado normal e muito maior do que a encontrada durante o prazer cotidiano.
Se alguém berrar em seus ouvidos ou ir em uma balada com música super alta o tímpano se enrijece e reduz a transmissão dos sons. Resultado: é preciso aumentar o som. Tolerância em drogas surtem cada vez menos efeito das drogas, e precisa de drogas mais e mais fortes. Nunca vai ter o primeiro prazer outra vez como na primeira vez. Esse problema causa uma busca obsessiva de uma nova dose.
Cocaína por exemplo, produz uma sensação de euforia. Quando o nível de dopamina volta ao normal, o drogado quer mais e mais cocaína para tentar obter o bem estar anterior. Só obtém este bem estar com mais cocaína até aprender a dizer NÃO. Se não dizer “não” com a graça de Deus, drogas vem e vão com mais e mais intensidade. Vários exemplos colaterais: música não tem mais a mesma satisfação, sexo não é tão prazeroso. Só cocaína re-dá um prazer, e sempre menor. O prazer habitual diminui cada vez mais e precisa de drogas cada vez mais fortes como o crack.
O desejo é persistente. Podemos ficar “limpos” por meses ou anos e a memória de nosso hipotálamo sempre procurará drogas. Nunca chegamos ao “ponto zero” no sistema de recompensa. É como tentar alcançar o horizonte, nunca chegaremos lá. Drogas são um time que está sempre ganhando. Não mexa com esse time.
Sábias as palavras dos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, que muito antes de qualquer pesquisa científica já espalhavam entre si a mensagem de que o vício não se cura. Um alcoólatra nunca será capaz de voltar a beber “normalmente”. O vício no máximo se interrompe, ficando-se longe da droga um dia de cada vez.
 

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