Ontem (6/maio/2013) fui ao Cemitério Municipal de Santa Maria, RS, visitar o túmulo de parentes e alguns amigos. Fiz minhas orações, juntamente com minha mulher, nos túmulos da minha sogra e sogro, meu pai e avós maternos e paternos, muitos tios meus e da minha esposa, vários amigos.
O cemitério está passando por reformas, segundo out-door que vi anunciando uma espécie de plano diretor para o mesmo. Vi alguns funcionários que estavam trabalhando, fazendo novas sepulturas ao lado da avenida central. Como de hábito, tirei muitas fotos, pois existem obras de arte enfeitando os túmulos das famílias mais abastadas, trabalhos em bronze e mármore. Modernamente, chamam isso de "arte cemiterial". Em Buenos Aires, por exemplo, existem roteiros turísticos que incluem visitas a cemitérios para fotos dessas obras e visitas a túmulos de pessoas famosas.
Pode parecer uma coisa mórbida, principalmente aos olhos dos mais jovens, dos mais medrosos, dos que temem a morte. Foi uma visita agradável, pois estava um lindo sol, embora friozinho. Pude visitar demoradamente os túmulos dos meus mortos, os chamados "entes queridos". Orar por eles. E me desculpar pelas atitudes ou agressões verbais que tive com muitos deles.
Podem me chamar de beato, otário, carola, trouxa. Não me importo. Saí de lá confortado. Com certeza de um dever cumprido. Uma coisa respeitosa. Um momento cristão.
Embora uma suave melancolia tenha me invadido, uma saudade tenha me brotado, saí feliz.
E na esperança de que meus mortos tenham gostado.
Um comentário:
Li o texto e me emcionei. sei do que falaste, pois quando vou à minha terra natal, Cerro Largo, algumas vezes visito todos túmulos dos familiares e amigos. Sinto uma doce e amorosa saudade...
Postar um comentário