Nem o Rio de Janeiro, cidade mundialmente conhecida e cantada como “maravilhosa”, repleta de megaeventos internacionais, tampouco São Paulo, com a sua pujança econômica, ou mesmo Curitiba, famosa por suas iniciativas de sustentabilidade. A capital mais desenvolvida do Brasil é Florianópolis, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, divulgado nesta segunda-feira, 29 de julho, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Além da capital catarinense, Vitória, do Espírito Santo também têm IDHM superior a 0,8, considerado “muito alto” pela ONU. O índice trabalha com uma escala que vai de 0 a 1, na qual, quanto mais próximo de 1, melhor é a avaliação obtida.
Na lanterninha da lista, está Maceió (AL), a única capital brasileira com índice inferior ao da média do Brasil. A capital alagoana ficou com 0,721, contra 0,727 do Brasil. Entre 0,7 e 0,799, o grau de desenvolvimento é considerado “alto”.
Em nível geral, quando não são consideradas somente as capitais, São Caetano do Sul, na região do ABC, em São Paulo, aparece com o melhor IDHM do país (0,862). No outro extremo está Melgaço, no Pará, com 0,418.
A medição realizada pela Organização das Nações Unidas utiliza dados do Censo 2010, do IBGE, e considera indicadores de educação, renda e expectativa de vida para traçar um panorama sobre a qualidade de vida de diversas localidades do país.
O Brasil registrou um salto de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda – saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano).
Sobre o Atlas Brasil 2013
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 traz uma ferramenta gratuita de acesso a informações sobre 5.565 municípios brasileiros, útil tanto para os gestores públicos quanto para a sociedade em geral. Nele estão contidos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para cada município e os resultados da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos do país – também sob a perspectiva municipal: entre eles demografia, educação, renda, habitação, trabalho e vulnerabilidade.
Apesar de ter sua metodologia baseada no cálculo do IDH Global (publicado anualmente pela sede do Pnud em Nova York para mais de 150 países), a comparação entre IDHM e IDH não é possível, já que o IDHM é uma adaptação metodológica do IDH ao nível municipal, utilizando outra base de dados (neste caso, os Censos do IBGE). Ambos agregam as dimensões longevidade, educação e renda, mas com diferentes indicadores e base de dados para retratar estas dimensões.
O IDHM é elaborado em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, do IBGE.
1º Florianópolis – 0,847
2º Vitória – 0,845
3º Brasília – 0,824
4º Curitiba – 0,823
5º Belo Horizonte – 0,810
6º São Paulo – 0,805
7º Porto Alegre – 0,805
8º Rio de Janeiro – 0,799
9º Goiânia – 0,799
10º Palmas – 0,788
11º Cuiabá – 0,785
12º Campo Grande – 0,784
13º Recife – 0,772
14º Aracaju – 0,770
15º São Luís – 0,768
16º Natal – 0,763
17º João Pessoa – 0,763
18º Salvador – 0,759
19º Fortaleza – 0,754
20º Boa Vista – 0,752
21º Teresina- 0,751
22º Belém – 0,746
23º Manaus – 0,737
24º Porto Velho – 0,736
25º Macapá – 0,733
26º Rio Branco – 0,727
27º Maceió – 0,721
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FONTE :
* Com informações do PNUD.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)
Um comentário:
Obrigada por estas informações.
Estou longe e é sempre bom receber notícias daí.
Boa semana.Beijos
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