Morreu em 31 de agosto de 2010,
aos 119 anos de idade,
depois de insidiosa moléstia econômica
o "Jornal do Brasil".
Mais conhecido pela alcunha de "JB",
alquebrado e esquecido,
finou-se aos poucos
sem receber auxílio de ninguém.
As patricinhas de outrora
- hoje vetustas senhoras que sacodem suas graxas
e que disputavam a tapa uma fotografia
na coluna do Zózymo Barroso do Amaral -
se lembraram do velho "JB" ?
Os políticos - que bajulavam a condessa Pereira Carneiro, sua proprietária -
mandaram uma miserável coroa de flores baratas e murchas ?
Os cursos de jornalismo terão lembrado ?
As belas estagiárias das redações saberão sua história ?
Talvez Carlos Drummond de Andrade,
nosso poeta maior,
- que durante décadas publicou seus poemas nas páginas do "JB" -
tenha chorado pela sua morte
em algum canto do céu.
O mais triste de tudo
é que Drummond não acreditava em céu.
O que torna a morte do "JB"
ainda mais melancólica...
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