A ilha é linda.
A ilha é mágica.
Mas neste momento fico triste.
Bate uma saudade do meu pai morto.
Que se faz mais dias sem sol a gente fica soturno.
Sombrio por dentro mais do que nunca.
Bate uma saudade dos barrancos da Silva Jardim.
Onde fui guri.
E sonhei ser desenhista.
E clarinetista de banda de jazz.
E acabei fazendo tudo pelo avesso.
Embora tenha me realizado na plenitude como professor.
Não saberia fazer melhor outra coisa do que falar.
Passar adiante conhecimentos.
Mas bate uma saudade dos meus tempos de guri mesmo.
Quando eu acreditava em bruxas.
E pensava que meu pai era imortal.
Hoje - perplexo diante da velhice -
Sinto o tempo encurtar.
E bate até uma saudade de tudo que me cerca hoje.
E uma inveja do tempo futuro.
Quando não estarei mais por aqui...
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