Dei aulas na UFSM de Santa Maria, RS, por quase 4 décadas e me aposentei. Nunca convivi com essa "reserva de mercado" de vagas que se implanta nas universidades brasileiras, eufemisticamente chamada de "cotas".
Se estivesse ainda na ativa, faria campanha contra, pois considero uma medida inconstitucional, discriminatória e que vai abrir oportunidade para que outras etnias e outros grupos sociais pleiteiem igual benefício. Amanhã ou depois os descendentes de árabes, judeus, italianos, alemães,açorianos, etc...poderão, com toda a razão, reinvindicar idêntico "presente".
A universidade é e sempre foi uma academia, onde deverão entrar os MAIS ESTUDIOSOS, os MAIS APTOS e os MAIS DEDICADOS, independentes de cor ou origem étnica. Vide caso do Dr. Joaquim Barbosa, atual relator do processo do "mensalão" no STF, brilhante, talentoso, falando 6 idiomas e vindo de uma família muito pobre.
Acho que as incrições ao vestibular devem ser gratuitas para os candidatos de baixa renda. Acho que o governo federal, via Ministério da Educação, poderia dar bolsas para os alunos pobres (qualquer que seja sua cor) para que os mesmos frequentem os melhores cursinhos pré-vestibulares. Mas a igualdade de ingresso na universidade deve ser idêntica para todos.
Afinal, restarão para os alunos que não se enquadram na política das cotas apenas metade das vagas !!! Isso é moral ? É ético ?
OBSERVAÇÃO : Eu sugiro que os alunos diplomados em Medicina, Farmácia, Odonto, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Direito, etc...tenham obrigatoriamente inscrito no rodapé do seu diploma e de seus classificados profissionais publicados na imprensa, a seguinte inscrição : "Eu me formei porque entrei na universidade pelo sistema de cotas".
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