
Situada na Ilha de Anhatomirim, esta fortaleza construída no século XVII era parte de um complexo defensivo triangular, projetado que incluía ainda as fortalezas de São José da Ponta Grossa e Ratones. Nela trabalharam centenas de escravos e soldados para construir os seus 2.678 m². Alguns episódios se destacam na história das fortalezas, particularmente a tomada de Nossa Senhora do Desterro a partir da dominação dos fortes espanhóis, em 1777, e o episódio dramático ocorrido durante a Revolução Federalista, em 1894, quando os revolucionários colocaram-se contra a política de Floriano Peixoto, então vice-presidente do exército. Em outubro de 1893, a Assembléia solidarizou-se como os revoltosos, declarando Santa Catarina Estado separado da União, enquanto Floriano Peixoto permanecesse na Presidência da República. A reação federal veio em abril de 1894, com a chegada a Desterro do Coronel Antônio Moreira César, delegado do Governo Federal. Ele ordenou várias prisões e o fuzilamento de dezenas de pessoas na Ilha de Anhatomirim.
Os edifícios desta fortaleza estão distribuídos na pequena Ilha de aproximadamente 45 mil metros quadrados. No seu conjunto destacam-se o majestoso Pórtico de Acesso, de inspiração oriental, a escadaria em lioz português, o imponente Quartel da Tropa e as Casa do Comandante. Outros edifícios foram incorporados, como estação rádio-telegráfica, indicando que a antiga fortaleza teve papel de destaque em outros momentos da história.
Além do expressivo acervo arquitetônico da Ilha, sua paisagem natural peculiar insere-se em área de preservação ambiental. A fortaleza é Patrimônio Histórico Federal desde 1938. Restaurada na década de 80, passou a sediar estações de aqüicultura e de oceanografia, exposições de artesanato típico e de arqueologia. Adotada pela Universidade Federal de Santa Catarina, nos últimos anos tem sido incorporada aos roteiros turísticos, com uma visitação que chega a 123 mil pessoas por ano.
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COMO IR :
Ilha de Anhatomirim – Baía Norte
Acesso por mar – baleeiras nas praias de Gov. Celso Ramos ou escunas na Baía Sul ou na Praia de Canasvieiras
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