sábado, 27 de fevereiro de 2010

A PRAÇA XV , FLORIANÓPOLIS


Fala-se muito atualmente em revitalizar o chamado "Centro Histórico" de Florianópolis, que inclui o calçadão da João Pinto, o largo da Alfândega e a praça XV. Está ocorrendo a discussão do fechamento da praça XV durante o período noturno com a presença de vigilantes da guarda municipal e/ou membros da Polícia Militar.
Eu concordo plehamente com esta medida pois, na realidade, quem tomou conta da praça foi um bando de desocupados, drogados,traficantes,ladrões, mendigos, etc...o que afastou completamente crianças, senhoras e povo em geral de uma das áreas mais nobres da cidade.
O historiador Adolfo Nicolich da Silva, em sua obra "Ruas de Florianópolis",informa que entre os anos de 1894 e 1912 a praça XV já foi murado e gradeado, sendo as grades retiradas em 1912, quando foi prefeito Henrique Rupp (segundo o jornal "NOTÍCIAS DO DIA", em sua edição de 25/fevereiro/2010).
Se a medida já foi necessária em 1894, porque não revivê-la agora, quando a criminalidade e a marginalidade aumentaram exponencialmente ?
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AUTOR : James Pizarro

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"MI TAPERA" - Elias Regules

O amigo Valter, colega de academia (de musculação...e não aquela, dos imortais...rs) é uruguaio e fã incondicional de um poeta chamado ELIAS REGULES, seu compatriota. Foi médico, poeta nativista de fama internacional, professor e depois reitor da Universidade da República, em Montevideo.
É de sua lavra o mais perfeito e emblemático poema sobre a tapera, tão decantada no Rio Grande do Sul. O Valter me passou a cópia do poema, que trato de repassar a vocês, não sem antes explicar aos não-gaúchos o que é uma tapera : habitação em ruínas, povoação ou casa abandonada,lugar feio e desolado.

"Mi Tapera" (1894)

Entre los pastos tirada
como una prenda perdida
y en el silencio escondida
como caricia robada,
completamente rodeada
por el cardo y la flechilla
que como larga golilla
van bajando a la ladera
está una triste tapera
descansando en la cuchilla.

Alli, en ese suelo
fué donde mi rancho se alzaba,
donde contento jugaba,
donde a vivir empecé,
donde cantando ensillé
mil veces al pingo mio,
en esas horas de frío
en que la mañana llora,
cuando se moja la aurora
con el vapor del rocío.

Donde mi vida pasaba
entre goces verdaderos,
donde en los años primeros
satisfecho retozaba,
donde el ombú conversaba
con la calandria cantora,
donde noche seductora
cuidó el sueño de mi cuna,
con un beso de la luna
sobre el techo de totora.

Donde resurgen valientes,
mezcladas con los terrones,
las rosadas ilusiones
de mis horas inocentes,
donde delirios sonrientes
brotar a millares ví,
donde palpitar sentí,
llenas de afecto profundo,
cosas chicas para el mundo
pero grandes para mí.

Donde el aire perfumado
está de risas escrito,
y donde en cada pastito
hay un recuerdo clavado:
tapera que mi pasado
con colores de amapola
entusiasmada enarbola,
y que siempre que la miro
dejo sobre ella un suspiro
para que no esté tan sola.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ODE DE AMOR À FLORIANÓPOLIS - James Pizarro


Bendita seja a trilha dos Naufragados,
Bendito seja o Bar do Arantes, seus bilhetinhos, sua culinária e energia,
Bendita seja a Costa da Lagoa e o por do sol visto do restaurante do Jaja,
Bendita a Barra da Lagoa na prainha,
Bendito TAMAR na Barra da Lagoa,
Bendita praia do Matadeiro e o ecológico bar do Marcão,
Bendito Spinoza no mercado, à tardinha, para ver os manezinhos pós-expediente e fazer novos amigos,
Benditas e afrodisíascas ostras da Toca do Paru,
Bendito cosmopolitismo do Padeiro de Sevilha, depois de subir o rampão, onde se pode ler jornais/conversar/comer,
Bendito Saico, em Jurerê Internacional e o Café Paris do Kobrasol,
Bendita Praia das Bruxas e Coqueiros,
Bendito samba de raíz do falecido Bar do Tião,
Bendita Pousada Além-Mar no meio da Mata Atlântica,
Benditas praias Daniela e do Forte,
Bendito cineminha em qualquer sala Cinemark do Shopping Floripa,
Bendito seja o passeio no Ribeirão da Ilha,
Bendito centrão e a figueira da praça XV e o calçadão ao entardecer,
Bendita feirinha dominical na Lagoa e seus produtos naturebas,
Bendita UFSC e as universidades particulares, onde se pode conhecer gente de todo o Brasil e do mundo inteiro,
Bendito fato de poder subir a serra, ir a Lages e curtir a neve e o povão hospitaleiro,
Benditas massagens, sauna e águas termais públicas de Santo Amaro da Imperatriz,
Bendita e linda Guarda e seu mirante na última pousada,
Bendita praia do Rosa para ver as baleias,
Bendita praia Brava e sua angelitude fora da temporada,
Bendita trilha da Galheta,
Bendita ciclovia na avenida Beira-mar e as lindas gurias de byke,
Benditas exposições e cafezinho no Angeloni,
Bendita lojinha do presídio com suas redes artesanais feitas de madeira,
Bendita Casa Ecológica da UFSC,
Bendito shopinzinho da Trindade e o bar da praça à tardinha,
Bendito o Kobrasol e o divino camarão à milanesa do Bocas,
Bendito seja o Morro das Pedras e o botequinho à beiramar,
Bendito "El Mexicano" para dançar e "John Bull" e seus shows maravilhosos,
Bendito casario e casa de artesanato ao lago da igreja em Santo Antônio de Lisboa, assim como todos os artistas de Floripa e o imperdível café,
Bendita beleza do Sambaqui,
Bendita quietude da Cachoeira do Bom Jesus,
Bendita peixaria do Negrão, nos Ingleses,
Bendita abundância de comida no restaurante Terezas, em Canasvieiras,
Bendita beleza das imensas rochas na Armação,
Benditas dunas gigantes da Joaquina,
Bendito povo nativo que me acolheu com carinho,
Bendito seja Deus que me permitiu morar aqui, a dez metros do mar, nesta bela e Santa Catarina.
Amém.
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AUTOR : James Pizarro

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CANASVIEIRAS : MORTE ANUNCIADA

Durante o ano, Canasvieiras é um paraíso para se morar. Mas na alta temporada, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, transforma-se num inferno.
Areia cheia de bitucas de cigarro. Papéis. Embalagens plásticas. Palitos de madeira dos queijinhos assados e picolés. Latas de cerveja. Sabugos de milho.
E não se diga que não existem lixeiras. Porque elas existem de trinta em trinta metros. E os garis, em dupla, rastelam a praia bem cedo. Mas o povo não colabora.
Banheiros públicos não existem ao longo de toda a praia. Trinta ou quarenta mil pessoas urinando e defecando dentro da água. Águas pululando de coliformes fecais.
Turistas voltam para casa e não há água nas torneiras nem para o banho pós-praia. E nem para fazer comida. Revolta dos turistas nas imobiliárias contra a falta de água. Nos hotéis ainda existem grandes reservatórios de água. Caixas d*água que não são limpas há anos. Mas muitos hóspedes se queixam da falta de água. E do preço das diárias diante da falta de água.
Mobilidade urbana prejudicada. Estressante. Autoridades deixaram para arrumar a pista justo na época do veraneio. Formam-se engarrafamentos demoníacos. Para ir ao centro da cidade : uma hora e meia. Mais uma hora e meia para voltar. Perde-se uma manhã ou tarde para ir ao centro. Quem usa os ônibus corre o risco de tomar um tiro ou ser assaltado nos terminais rodoviários. Basta que traficantes resolvam tirar suas diferenças e discutir pontos de venda no terminal.
Fugas diárias de presos das cadeias e dos presídios. Arrombamentos. Ausência de policiamento ostensivo na praia. Os ladrões ficaram tão ousados que roubaram a casa do coronel chefe da polícia militar estadual.
Venda informal de todo tipo de alimento e produtos na praia sem que a fiscalização se faça presente de forma continuada. Milho em água quente e suja, queijo acondicionado em temperatura inadequada. O famoso "choripan", carne de procedência duvidosa assada na carrocinha e colocada dentro do pão. Pastéis. Sanduiches. Cocadas. Dezenas de nordestinos vendendo redes. E também vestidos de praia, chapéus, cangas. E milhares de óculos falsificados. E mais colares e pulseiras metálicas. Tudo ao arrepio da lei. Às vezes, não se consegue conversar na praia porque os vendedores e camelôs chegam em hordas, de trinta em trinta segundos, e o turista tem de dizer "obrigado, não quero".
Centenas e centenas de cães errantes defecando e urinando na praia, ao lado de crianças brincando. Para não falar nas madames e dondocas que passeiam com seus cães pela coleira.
Esgotos sendo lançadas diretamente na praia. Jornais publicam locais proibidos para banho. Perto do trapiche desemboca um rio de fezes e urina. Durante a noite inteira a praia é iluminada por pedras de crack incandescentes. Baderneiros gritam pelas ruas desrespeitando a lei do silêncio. Não há para quem reclamar. Ou se reclamam ou reclamaram, certamente não foram ouvidos.
Há dias em que a faixa de areia da praia desaparece. Até hoje não se implementou o famoso plano de dragagem que faria a praia aumentar de largura.
Estão matando a galinha dos ovos de ouro. Ano a ano diminui o número de veranistas. Aumenta a desocupação de hotéis e pousadas.
Noto em muitas pessoas - principalmente ligadas a interesses comerciais e empresariais - o receio de tratar abertamente desses problemas com medo de que os turistas não venham e sejam prejudicadas em seus negócios. Em outros, noto um total desconhecimento de exercício de sua cidadania e uma submissão aos que detém poder e capital. Também ainda constato em outros o medo puro e simples e a omissão como forma de comportamento, isto é, existe a turma que empurra os problemas com a barriga. E que é adepta do "vamos deixar como tá pra ver como é que fica".
Eu decidi, por escolha do meu coração, passar os últimos anos de minha vida aqui. Pois amo esta praia. Adoro esta ilha da magia. E não posso me calar diante do processo de deterioração que ela está sofrendo.
Para quem reclamar ?
O que fazer ?
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AUTOR : James Pizarro

NAMORADO, FICANTE ou PEGUETE ?

Passeando pelos milhões de blogs existentes sempre encontro curiosidades.
E também me dou conta das novidades nas relações humanas. Ou seriam desumanas ?
Uma jovem catarinense, de nome Tatiane, escreveu no seu blog esta conceituação didática diferenciando NAMORO, FICANTE e PEGUETE :

"NAMORO (grau de compromisso elevado exige satisfações e respeito mútuo)
FICANTE (grau de compromisso médio - Ou seja, nada de showzinhos ou crise de cíumes, mas é preciso respeitar o ficante e não pegar outro na frente dele)
PEGUETE (sem grau de compromisso - bundalelê total)"

Puxa vida ! Eu sou tão velho que sou do tempo do namoro, noivado e casamento. E tudo com a mesma pessoa. Devo passar por um alienígena diante dos mais jovens.
E se eu disser que namorei dois anos, noivei um ano e estou casado há 44 anos, certamente vão me internar numa clínica psiquiátrica...
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Autor : James Pizarro

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A ESCOLA VOCACIONAL- (Primeira Parte)

No final dos anos 60 a escola pública vivia um momento de busca de qualidade. Em São Paulo foram criadas as Escolas Vocacionais, que eram espaços experimentais importantes para a construção de cidadãos e profissionais. Este documentário de José Maurício de Oliveira é o resgate da história de um dos mais importantes movimentos pela qualidade do ensino público no País. Vale a pena assistir como o obscurantismo conseguiu matar uma rica experiência no Brasil na área da educação pública.

ESCOLA VOCACIONAL (Segunda Parte)

ESCOLA VOCACIONAL (Terceira Parte)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

HANKY PANKY FM ESTÁ DE VOLTA, RESSUCITADA E GLORIOSA !

Adriano Bonetto do Cantto é dessas almas inquietas e criativas, descontentes - como eu - da mesmice asfixiante dos locais e das pessoas. Para explicar melhor, publico o texto que este amigo me enviou do interior do RS e cujo teor encheu meu coração de alegria :

"A Hanky Panky FM foi uma rádio pirata que nasceu de cinco cabeças pensantes e inconformadas com a mesmice do dial na Santa Maria (RS) dos anos 80.

Por mais que parecesse coisa de meninos desocupados, os garotos – 3 gaúchos, um carioca e um paranaense – se dedicavam horas dos seus dias à rádio, que começava a ficar conhecida na cidade, graças a cartazes espalhados em lojas de discos.

Inspirados pelo pouco de informação que lhes chegava através de programas de TV e revistas que chegavam atrasadas do centro do país, o já denominado Clube dos Cinco se dedicava de corpo e alma ao projeto que cresceu e chegou a ter boa abrangência na cidade, evoluindo de um transmissor montado em um joystick de Atari até chegar a um projeto mais audacioso em sua última fase.

Permanecendo no ar durante quase 4 anos, religiosamente levada ao ar todos os sábados, das 14h às 19h, a Hanky Panky FM marcou história, conquistando fãs entre os colegas, amigos e até jornalistas e respeitados professores da UFSM.

Passados mais de vinte anos do encerramento de suas transmissões, a Hanky Panky FM está de volta. Mantida acesa na memória de seus cinco fundadores, a idéia de uma rádio livre e independente sempre esteve na pauta.

Com o advento da internet e a disponibilidade das novas tecnologias, a rádio mais polêmica e bacana que o Rio Grande do Sul agora é encontrada em podcasts no blog “O dia, a semana, o mês”.

Acesse já: http://odiaasemanaomes.blogspot.com, faça o download dos podcasts e conheça mais um pouco dessa história e curta as trilhas sonoras, que vão desde o rock – em quase todas as suas vertentes - até baladinhas bacanas e nada óbvias.

Muita coisa dos anos 80 e ainda muito humor, com as “Abobrinhas Mil”, radionovelas originais dos anos 80, assim como vinhetas e outros conteúdos exclusivos que estão sendo recuperados.

Mas tem muita coisa nova também, sempre dizendo não à mesmice, sempre diferente e sempre um soco no estômago dos pseudo modernos e descolados. O dia, a semana, o mês, música, mau humor, desinformação e divagações. Azedo, incoerente e controverso."

Portanto, os leitores deste blog que têm ânsia pelo novo, pelo talentoso e pelo alternativo já têm agora o que sintonizar e ouvir.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

RÉQUIEM CARNAVALESCO


São quatro dias de insanidade para aqueles que não tem juízo.
Novos soropositivos na praça.
Dezenas de adolescentes grávidas.
Doenças sexualmente transmissíveis.
Distraídos e bobões iniciados na droga.
Veteranos dependentes mortos de overdose.
Centenas de corpos dilacerados no trânsito.
Outras centenas de mutilados e paraplégicos.
Todos engrossando o "Cordão Fúnebre" da alegria vista pelo avesso.
Até quando, meu Deus ?
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AUTOR : James Pizarro

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A NOVA ESCALA DA ALIENAÇÃO

DÓ : as compras natalinas.
RÉ : o ano novo e seus foguetórios.
MI : a praia e as férias.
FÁ : o Carnaval.
SOL : a corrida aos bancos para cobrir os cheques sem fundo.
LÁ: a ressaca moral, a lista do material escolar, o arrependimento.
SI : final de fevereiro...hora de começar a vida real.
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AUTOR : James Pizarro

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

NILTON GESSER, UM CRISTÃO VERDADEIRO

Nilton Gesser é médico anestesiologista radicado em Canasvieiras. É meu companheiro das missas da matriz Nossa Senhora de Guadalupe. Tornamo-nos amigos e, por generosidade dele, passou a me confiar textos de sua autoria. E também traduções feitas por ele sobre temas bíblicos dos discursos de Fulton Scheen. Eis alguns títulos : Cristãos pela metade, Cegueira Humana,Nuanças da mentira, Eucaristia e Esperança,Porque os homens continuam a pecar, Cinzas, Terço de Rosas Murchas, etc...

Eis um trecho de "Cinzas" :

"Tu és pó e em pó reverterás
(Cinzas)
Cinzas? Que dia mais tenebroso! Lembra morte; não gosto desse assunto. É o que se escuta de muita gente.
Mas o fato é que Deus nos fez para a eternidade e não para o tempo; para a verdade e não para a vaidade. Como nosso tempo acabará inevitavelmente um dia, não há como deixar de refletir um pouco sobre aquela tão importante data para o nosso ser.
Quando considero a vida, vejo que vivemos como imortais, porque tratamos das coisas desta vida como se ela fora eterna.
Parece paradoxo, mas, que morto há que não esperasse e presumisse que havia de viver mais do que viveu?
A morte não é terrível pela vida que acaba, senão pela eternidade que começa. Não é terrível a porta por onde se sai; é terrível a porta por onde se entra.
Não nos deve fazer medo o pó que haveremos de ser e sim o que será do nosso pó. Não devemos temer na morte a morte, devemos temer a imortalidade. Não devemos temer hoje o dia de cinzas, devemos temer hoje o dia de Páscoa, porque sabemos que haveremos de ressuscitar; porque sabemos que haveremos de viver para sempre; porque sabemos que nos espera uma eternidade, ou no céu, ou no inferno. Mortal até o pó, mas depois do pó; imortal.
Pode então haver loucura mais rematada e cegueira mais cega que empregar-me todo na vida que há de acabar e não tratar da vida que há de durar para sempre?
Fatal dia! Tudo o que ali dá pena é tudo o que nesta vida deu gosto e justamente tudo aquilo que buscamos por nosso gosto e muitas vezes com tantas penas. Oh! Que diferente parecerão então lá, todas as coisas desta vida!"

Todos os leitores de meu blog, além de amigos, parentes e ex-alunos que quiserem receber cópias destes magníficos textos, dirijam-se ao próprio Nilton Gesser que ele, movido pela sua profunda religiosidade e seu amor à Palavra, certamente repassará os textos pedidos. O e-mail é o seguinte : niltongesser@hotmail.com
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AUTOR : James Pizarro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

BEYONCE A 500 METROS APENAS...


Beyoncé esteve ontem (4/fevereiro) na ilha da magia. E hipnotizou o público. Eletrizou Florianópolis. Seu show foi no Parque Planeta. A apenas 500 metros aqui do meu apartamento. 25.000 pessoas lotaram o parque. Não se assustaram com os preços. Que variaram de 100 a 600 reais. De acordo com a maior ou menor proximidade do palco. Abaixo,o texto da jornalista Rene Muller (Diário Catarinense), que resume o que foi a festa :

"Beyoncé estava satisfeita, isso era visível. Após a canção Crazy in Love, que abriu o show no Parque Planeta, em Florianópolis, olhou para a plateia como se pensasse: missão cumprida. Sua entrada foi triunfal. As imagens explodiram no telão e, logo, seus movimentos vigorosos tomaram conta do palco. Com um vestido brilhante, chamou o público de Floripa para participar da festa.

Até o atraso, de 15 minutos, foi curto. Sorte de quem não conseguia mais esperar tanto pela maior estrela da música.

– Eu estou tão contente em estar no Brasil. É a primeira vez. Meus fãs na internet diziam que eu tinha que vir para cá – disse ao conversar com o fãs pela primeira vez.

– Quero saber quem veio aqui para dançar? – perguntou.

Em Smash into You, Beyoncé parecia tocar embaixo d’água, tamanha a perfeição da imagem exibida no gigantesco telão de led. Durante as trocas de roupa, a cantora saía de cena, mas a performance das backing vocals e da banda continuava a animar o público.

E a voz? Ao vivo, ela é melhor do que em disco ou na tevê. Levemente aveludada, chegou a alcances que não se percebia antes. Em Ave Maria, ela deixou a ginga e as coreografias de lado para tocar o coração da plateia de 25 mil pessoas que lotou o parque. Vestida com um modelito branco, entre o tradicional e o ousado, era uma figura magnetizante. Em Baby Boy, a diva desceu do palco e, por uma passarela, cantou tocando o público. Ganhou uma bandeira do Brasil e arriscou uns passos de samba.

Espetáculo à parte foram as instrumentistas do Suga Mama, a banda de apoio da cantora. Os vídeos exibidos no telão entre as músicas também eram sensacionais. Num deles, uma tevê antiga exibia imagens da cantora criança, com seus longos cabelos cacheados, cantando em um programa de tevê. O Parque Planeta tremia com a reação do público, numa noite que chegou a 28ºC.

O total de pessoas que trabalhou na produção dá uma ideia da grandiosidade do espetáculo: 340 profissionais. O público era uma massa cantando junto os sucessos da deusa de pernas olímpicas. Não parou de vibrar um minuto. Na maior parte, eram adolescentes, que não poupavam gritos de histeria e reproduziam os passos de Beyoncé no palco. Uma noite de puro êxtase na Ilha."